Tesouro IPCA+ renova máximas pela 3ª sessão seguida após críticas do FMI ao fiscal

Títulos passam a pagar até 6,81% ao ano além da inflação, caso dos papéis de prazo mais curto

Equipe InfoMoney

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Os juros pagos pelos títulos de inflação do Tesouro Direto não param de subir, na esteira do pessimismo com o controle das contas públicas, e as expectativas de crescimento acelerado da economia, que ajudam a pressionar a inflação e a aumentar as projeções da Selic.

Nesta quarta-feira (23), a remuneração do Tesouro IPCA+ avança mais uma vez e estabelece novas máximas, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) traçar um cenário mais sombrio para o fiscal brasileiro.

A alta é maior nos papéis de curto prazo. A taxa prefixada do Tesouro IPCA+ 2029 vai a 6,81%, ante 6,75% na segunda-feira (21); e o título com vencimento em 2035 passa a oferecer juro real (além da inflação) de 6,70% ao ano, contra 6,61% no começo da semana.

É a terceira sessão consecutiva em que as taxas dos títulos de inflação atingem novos patamares recordes – ontem as negociações foram paralisadas, mas houve precificação no fechamento.

O FMI projeta que o peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro salte mais de 10 pontos percentuais durante o governo Lula 3, e mostra ceticismo quanto à entrega de um pacote de corte de gastos.

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Há pouco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a jornalistas em Washington, onde participa de reunião de ministros do G20, parece “um pouco exagerado” afirmar que o governo não está tomando conta das contas públicas.

“Estamos agora tendo que repensar essa estratégia para fortalecer o arcabouço fiscal. Eu penso que o fortalecimento do arcabouço fiscal é o remédio mais adequado para o momento que nós estamos vivendo”, disse.

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Os títulos de inflação mais longos do Tesouro Direto passam por alta em menor grau que os de curto prazo na tarde desta quarta, mas também batem recordes. Caso do papel com vencimento em 2045, com juro que avança para 6,65% ao ano, maior patamar de 2024.

Nos prefixados, outro salto: o título de 2027 passa a pagar 12,92%, e o de 2031 volta a se aproximar da casa dos 13% ao ano, a exatos 12,98%.

Confira os detalhes dos demais títulos do Tesouro Direto às 13h02 desta quarta-feira (23):

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(Fonte: Tesouro Direto)

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