Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem nesta segunda-feira

Mercado acompanha novos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta segunda-feira (23).

De acordo com a divulgação mais recente do Relatório Focus, do Banco Central, os economistas esperam a Selic em 6,75%, em 2021, uma queda de 0,25 ponto percentual em relação à expectativa anterior. Para o fim de 2019 e 2020, porém, as expectativas para a taxa básica de juros ficaram estáveis em 5,0% ao ano.

O tom mais “dovish“, ou seja, favorável a juros baixos, do Banco Central na reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) na última semana, após corte de meio ponto percentual na Selic, para 5,5%, contribuiu para projeções de Selic abaixo de 5% ao fim de 2019 e 2020, no grupo do Top 5 do Focus.

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Ainda no relatório semanal do BC, o mercado rebaixou as projeções para a inflação, de 3,45% para 3,44%, em 2019. Para 2020 e 2021, as projeções ficaram inalteradas em 3,80% e 3,75%. Por fim, a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro seguiu em 0,87%, neste ano e em 2% no próximo.

No exterior, desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China seguem no radar, com anúncio do presidente americano, Donald Trump, de que quer uma cordo “completo” com os chineses, e não um que inclua apenas o agronegócio.

Os investidores aguardam também por novos discursos de dirigentes regionais do Federal Reserve, o banco central americano, John Williams (Nova York), James Bullard (Saint Louis) e Mary Daly (São Francisco).

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Com juros na mínima histórica e projeções ainda menores para a Selic até o fim do ano, como ficam os retornos dos investimentos em renda fixa e como o investidor conservador pode aplicar seu dinheiro? O InfoMoney conversou com especialistas do mercado para entender quais as alternativas com Selic a 5,5% ao ano. O resultado você confere aqui.

No Tesouro Direto, o papel indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 pagava uma taxa de 2,63% ao ano, ante 2,61% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.855,06 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 57,10 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam uma taxa anual de 3,50%, ante 3,49% a.a. mais cedo.

Já os títulos com rendimento prefixado, como o com prazo em 2022, oferecia prêmio anual de 5,63%, ante 5,57% a.a. anteriormente, enquanto o retorno do título com vencimento em 2025 avançava de 6,72% para 6,76% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (23):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,63% R$ 57,10 R$ 2.855,06
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,50% R$ 37,91 R$ 1.895,54
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,50% R$ 40,35 R$ 1.345,07
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 2,83% R$ 38,87 R$ 3.887,89
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,35% R$ 43,31 R$ 4.331,56
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,55% R$ 47,23 R$ 4.723,11
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,63% R$ 35,33 R$ 883,28
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 6,76% R$ 35,44 R$ 708,97
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,08% R$ 36,39 R$ 1.213,21
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 103,21 R$ 10.321,73

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro. 

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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