Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam nesta segunda-feira

Mercado acompanhou 14º corte na projeção de crescimento do país, segundo o Boletim Focus, e falas do presidente do Banco Central; exterior seguiu com cautela, com novos capítulos da guerra comercial entre EUA e China

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda nesta segunda-feira (3).

Dentre as principais notícias do dia esteve o 14º corte na projeção de crescimento do país. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda, a mediana das expectativas dos economistas ouvidos aponta para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,13% em 2019, ante projeção de 1,23% na semana passada. Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão caiu de 4,07% para 4,03% este ano.

Também no radar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou durante evento em São Paulo, que “os juros já estão baixos”, mas os recursos ainda não estão fluindo e, por isso,a agenda micro é importante.” Ao jornal Valor Econômico, Neto disse que não é correto afirmar que a instituição não esteja preocupada com o crescimento da economia. Segundo ele, a melhor forma de contribuir para o crescimento é “ter credibilidade”. 

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Já no exterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu no sábado sua estratégia de elevar as tarifas de importação para produtos mexicanos para que o país contenha a imigração ilegal. Enquanto isso, surgem novos capítulos da guerra comercial entre os EUA e a China, com o governo chinês chamando a maior economia do mundo de “força desestabilizadora”. 

No Tesouro Direto, o papel prefixado com vencimento em 2022 oferecia retorno de 6,90% ao ano, ante 7,03% a.a. na abertura do dia, enquanto o com vencimento em 2025 pagava uma taxa anual de 7,98%, ante 8,13% a.a. mais cedo.

Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o investimento até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.

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O movimento de queda nas taxas também é encontrado nos papeis indexados ao IPCA. O com vencimento em 2024 pagava uma taxa anual de 3,67% (acrescida da inflação), ante 3,69% a.a. pela manhã. O investidor podia adquirir o título hoje integralmente por R$ 2.679,18 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 53,58 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Já os papéis com vencimentos em 2035 e 2045 pagavam a inflação mais uma taxa de 3,95% ao ano, ante 3,97% a.a. no início do pregão. Vale lembrar que, no começo do ano, as taxas estavam em 4,95% ao ano.

Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta segunda-feira:
Título Vencimento Taxa de Rendimento (a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 3,67% R$ 53,58 R$ 2.679,18
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,95% R$ 34,89 R$ 1.744,73
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,95% R$ 35,56 R$ 1.185,63
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,70% R$ 37,43 R$ 3.743,40
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,88% R$ 40,36 R$ 4.036,13
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 4,08% R$ 43,62 R$ 4.362,65
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,90% R$ 33,67 R$ 841,89
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,98% R$ 32,59 R$ 651,97
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 8,30% R$ 34,47 R$ 1.149,33
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 101,30 R$ 10.130,07

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).

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