Taxas de títulos indexados à inflação sobem com PIB acima do esperado e tensão argentina

PIB brasileiro teve alta de 0,4% no segundo trimestre de 2019, enquanto o governo argentino declarou moratória

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, operam sem movimento definido na tarde desta quinta-feira (29), com os papéis indexados à inflação apresentando leve alta.

Principal notícia do dia, o mercado segue acompanhando a moratória declarada pela Argentina, que anunciou ontem à noite a decisão de renegociar o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O país pediu mais prazo para o acerto de contas, em meio a uma recessão e à escalada da desvalorização do peso desde os resultados das primárias presidenciais.

Na Ásia, destaque para o anúncio do Ministério de Comércio da China, que disse que Pequim e Washington continuam “em comunicação efetiva” sobre a disputa comercial em curso e que ambos os lados estão discutindo se seguirão adiante com as negociações marcadas para setembro.

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Na cena doméstica, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 0,4% no segundo trimestre de 2019 na comparação com o trimestre anterior, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa, de acordo com a mediana das projeções dos economistas consultados pela Bloomberg, era de um crescimento de 0,2%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,78 trilhão.

Nessa comparação trimestral, a maior alta, de 0,7%, partiu da indústria, seguida pelo setor de serviços, com avanço de 0,3%. Já o setor de agropecuária teve recuo de 0,4% no período.

Com relação ao mercado de câmbio, o dólar comercial recuava 0,24% às 16h14, cotado a R$ 4,16. Na máxima do dia, a moeda chegou aos R$ 4,18, enquanto o preço mínimo foi de R$ 4,14.

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No Tesouro Direto, as taxas dos títulos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentavam leve alta. É o caso do Tesouro IPCA com vencimento em 2024, que pagava a inflação mais uma taxa de 3,12% ao ano, ante 3,11% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.781,63 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 55,63 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os títulos com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais uma taxa anual de 3,74%, ante 3,73% a.a. anteriormente.

Nos papéis com rendimento prefixado, por outro lado, as taxas apresentavam queda. O Tesouro Prefixado com prazo em 2022 oferecia um retorno de 6,23% ao ano, ante 6,28% a.a. mais cedo, enquanto o retorno do papel com vencimento em 2025 recuava de 7,26% para 7,21% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (29):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 3,12% R$ 55,63 R$ 2.781,63
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,74% R$ 36,44 R$ 1.822,42
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,74% R$ 37,90 R$ 1.263,65
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,25% R$ 37,85 R$ 3.785,62
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,62% R$ 41,96 R$ 4.196,80
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,81% R$ 45,11 R$ 4.511,94
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,23% R$ 34,73 R$ 868,47
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,21% R$ 34,51 R$ 690,21
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,48% R$ 35,36 R$ 1.178,78
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 102,82 R$ 10.282,33

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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