Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem nesta terça-feira; confira novos valores

Mercado tem aumento de aversão ao risco com repercussão de denúncias atribuídas pela Polícia Federal ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e novos temores de recessão nos EUA

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta terça-feira (27).

Entre os destaques do dia, a Polícia Federal concluiu um inquérito que atribui ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois no âmbito das investigações que envolvem a delação da Odebrecht.

Pelo fato de Maia ser o principal credor das reformas no Congresso e visto pelos investidores como o responsável pela aprovação com folga da Previdência na Câmara, sua queda traria bastante incerteza no cenário político atual.

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Ainda ontem, a pesquisa CNT/MDA mostrou que houve uma deterioração da avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro, cuja percepção negativa saltou de 19% em fevereiro para 39% este mês. A desaprovação, por sua vez, subiu de 28,2% para 53,7%, segundo o levantamento.

Na cena externa, surgiram novos temores de uma recessão nos Estados Unidos, uma vez que a diferença do rendimento dos títulos da dívida de 10 anos dos EUA para os títulos de dois anos caiu para cinco pontos-base negativos. A inversão da curva costuma proceder períodos de recessão no país.

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No Tesouro Direto, o papel atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 3,05%, ante 3,02% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.790,08 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 55,80 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os títulos com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais uma taxa de 3,65% ao ano, ante 3,63% a.a. anteriormente, enquanto o papel com juros semestrais e prazo em 2050 remunerava uma taxa de 3,72% ao ano, ante 3,71% a.a. mais cedo.

A alta nas taxas dos títulos públicos também era encontrada nos papéis com rendimento prefixado, como o com vencimento em 2022, que oferecia um retorno de 6,25% ao ano, ante 6,15% a.a. pela manhã. Já no Tesouro Prefixado 2025, a taxa avançava de 7,11% para 7,17% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (27):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 3,05% R$ 55,80 R$ 2.790,08
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,65% R$ 36,93 R$ 1.846,66
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,65% R$ 38,74 R$ 1.291,59
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,16% R$ 38,03 R$ 3.803,83
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,53% R$ 42,35 R$ 4.235,37
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,72% R$ 45,76 R$ 4.576,85
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,25% R$ 34,70 R$ 867,67
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,17% R$ 34,56 R$ 691,20
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,39% R$ 35,53 R$ 1.184,51
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 102,77 R$ 10.277,63

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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