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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, fecharam praticamente estáveis nesta terça-feira (30).
Entre as principais notícias do dia está o discurso favorável do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sobre a tentativa de aprovar a PEC da Previdência ainda no primeiro semestre deste ano, o que agrada o mercado.
Além disso, a taxa nacional de desemprego, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira e relativa ao primeiro trimestre deste ano, mostra que a desocupação subiu menos do que o previsto (12,7%, ante estimativa de 12,9%), aliviando a preocupação de uma desaceleração econômica mais profunda.
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O Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2026 (antiga NTN-B), por exemplo, oferece retorno de 4,13% ao ano (acrescido da variação da inflação) — mesma da abertura do dia. O investidor pode aplicar uma quantia mínima de R$ 36,25 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 3.625,11.
O título indexado à inflação com vencimento em 2035, por outro lado, apresenta uma taxa de 4,44% ao ano, ante 4,43% a.a. mais cedo.
O movimento é seguido pelos papéis prefixados, como o com vencimento em 2025, que oferece o mesmo retorno de ontem: 8,74% ao ano. Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o investimento até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.
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Confira abaixo os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto hoje. Para investir, clique aqui e abra uma conta na Rico
Título | Vencimento | Taxa de Rendimento (a.a.) | Valor Mínimo | Preço Unitário | ||
---|---|---|---|---|---|---|
Indexados ao IPCA | ||||||
Tesouro IPCA+ 2024 | 15/08/2024 | 4,11% | R$ 52,02 | R$ 2.601,49 | ||
Tesouro IPCA+ 2035 | 15/05/2035 | 4,44% | R$ 32,13 | R$ 1.606,56 | ||
Tesouro IPCA+ 2045 | 15/05/2045 | 4,44% | R$ 31,25 | R$ 1.041,72 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 | 15/08/2026 | 4,13% | R$ 36,25 | R$ 3.625,11 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | 15/05/2035 | 4,35% | R$ 39,05 | R$ 3.905,67 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 | 15/08/2050 | 4,46% | R$ 40,80 | R$ 4.080,40 | ||
Prefixados | ||||||
Tesouro Prefixado 2022 | 01/01/2022 | 7,77% | R$ 32,75 | R$ 818,86 | ||
Tesouro Prefixado 2025 | 01/01/2025 | 8,74% | R$ 31,11 | R$ 622,21 | ||
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 | 01/01/2029 | 8,93% | R$ 32,98 | R$ 1.099,35 | ||
Indexados à Taxa Selic | ||||||
Tesouro Selic 2025 | 01/03/2025 | 0,02% | R$ 100,72 | R$ 10.072,68 |
Fonte: Tesouro Direto
1 milhão de investidores
O Tesouro Nacional confirmou ontem pelo Twitter a conquista de 1 milhão de investidores ativos no Tesouro Direto neste mês de abril. Até março, as pessoas físicas somavam cerca de 950 mil, um aumento de 61% nos últimos 12 meses. O estoque total do programa, por sua vez, chegava a quase R$ 60 bilhões.
Segundo Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, a intensa divulgação, a educação financeira e a redução dos custos do programa ajudam a explicar o sucesso do Tesouro Direto.
Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).
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