Tesouro Direto não voltará a operar nesta quinta-feira; entenda

A expectativa, segundo o Tesouro, é de normalização amanhã por volta das 9h30

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O Tesouro Direto, programa do governo federal de compra e venda de títulos públicos, segue suspenso nesta quinta-feira (7) e só será reaberto na sexta-feira (8) pela manhã, informou o Tesouro. 

O programa, que ficou suspenso o dia todo, seria reaberto às 15h30, mas por conta da alta volatilidade nas taxas de juros dos títulos públicos será normalizado apenas amanhã, por volta das 9h30.

Apesar de todo o esforço para frear a forte volatilidade dos DIs, os juros futuros seguem com forte alta, com os contratos com vencimento em janeiro de 2019 subindo 40 pontos-base, cotados aos 7,55%, enquanto os DIs para janeiro 2021 saltam 37 pontos, para 9,82%. Mais cedo, os dois contratos chegaram a ser paralisados por conta da forte alta. 

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Devido à forte turbulência nos últimos dias, o Banco Central e o Tesouro Nacional realizarão nesta quinta-feira uma intervenção conjunta no mercado. Dentre as medidas, será realizada a venda de títulos públicos com compromisso de recompra daqui 9 meses, serão ofertadas LTNs com vencimentos de 2019 até 2022, além de NTN-Bs para 2019 até 2055, como NTN-Fs com resgates que vão de 2021 a 2029. 

Entenda

Segundo o Tesouro, as suspensões das operações têm como objetivo garantir que as transações sejam sempre realizadas a taxas justas, alinhadas às taxas praticadas no mercado secundário. “Quando se verifica forte volatilidade no mercado, com aumentos ou quedas bruscas nos preços dos títulos públicos, o Tesouro Direto suspende temporariamente as vendas e compras para evitar que o investidor venha a fechar uma transação a um preço que pode ficar rapidamente defasado. Uma vez restabelecida a normalidade, o TD retoma as operações com preços alinhados aos preços do mercado”, explica o Tesouro.

Como exemplo, a equipe do TD cita a possibilidade de acontecer algum fato que faça com que os preços dos títulos praticados no mercado secundário caiam bruscamente. “Se o TD não suspendesse as suas operações, os seus investidores poderiam comprar títulos públicos nesse momento a preços mais altos que os preços de mercado, causando prejuízo a eles”, destacam.

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Ao mesmo tempo, também poderia acontecer algum outro evento que eleve os preços dos ativos bruscamente. “Nesse caso, as compras realizadas pelos investidores a preços defasados, ou seja, aquém dos preços de mercado, representariam uma perda para o Tesouro”, dizem. “Assim, essas indisponibilidades temporárias são um mecanismo de proteção ao investidor e ao próprio programa, garantindo um funcionamento saudável e sustentável do TD”.

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