Tesouro Direto: títulos públicos encerram abril com queda de até 7,3%; perdas no ano chegam a 11,4%

Diante de maior nervosismo, investidores pedem mais prêmio para emprestar recursos ao governo brasileiro

Beatriz Cutait

(Getty Images)

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SÃO PAULO – Na continuação do movimento visto desde o início do ano, os títulos públicos tiveram mais um mês de queda de preços, com consequente aumento das taxas pagas ao investidor brasileiro.

A instabilidade política, o lento processo de vacinação no Brasil e a necessidade de adoção de medidas mais rígidas de isolamento social por conta da pandemia de Covid-19 pressionaram o apetite dos investidores, que exigiram juros mais altos para emprestar dinheiro ao governo.

O balanço do Tesouro Direto em abril mostra que, entre os títulos atualmente disponíveis para compra, as principais perdas partiram dos papéis com vencimentos mais longos, que carregam maior risco, com queda de até 7,30% no caso do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045. A menor baixa foi do mesmo título com prazo em 2026, que teve perda de 1,93% no mês passado.

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Todos os títulos públicos do grupo acumulam queda em 2021, embora ainda registrem alta de preço em 12 meses.

Entre os papéis prefixados, as taxas nominais alcançaram os 9% ao ano no caso dos papéis prefixados, e atingiram 4,4%, no grupo dos títulos com retornos indexados à inflação.

Confira a seguir como se comportaram os títulos públicos disponíveis para novos investimentos em abril, no acumulado do ano e em 12 meses, quando os dados estiverem disponíveis.

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É importante lembrar que o investidor só terá as perdas ou os ganhos apontados se efetivamente vender os papéis antecipadamente. Se carregá-los até o vencimento, o retorno vai respeitar as taxas e as condições contratadas no momento de aquisição dos títulos.

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Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.