Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem nesta segunda-feira

Novas previsões do mercado financeiro para a economia e votação do relatório da reforma da Previdência no Senado estão no foco dos investidores

Mariana Zonta d'Ávila

Notas de real (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam alta na tarde desta segunda-feira (2).

No âmbito doméstico, as atenções se voltaram hoje à divulgação mais recente do Relatório Focus, do Banco Central. A pesquisa semanal com instituições financeiras mostrou que o mercado elevou a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019, de 0,80% para 0,87%, mantendo as estimativas para 2020 (em 2,10%) e 2021 (em 2,50%).

A expectativa para a inflação, por sua vez, recuou de 3,65% para 3,59% neste ano, mas também seguiu inalterada para 2020 (3,85%) e 2021 (3,75%). Já as projeções para a taxa básica de juros se mantiveram em 5%, para 2019, em 5,25%, para 2020, e em 7%, para 2021.

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A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai ocorrer nos dias 17 e 18 de setembro, e é esperado novo corte de 0,50 ponto percentual, levando a Selic para 5,5% ao ano.

Ainda no radar dos investidores, o mercado acompanhou a agenda política no Congresso, que terá nesta semana a votação do relatório da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Já na cena externa, o mercado repercutiu dados positivos da China, com o avanço do Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que mostra o desempenho do setor industrial chinês, de 49,9 para 50,4 pontos em agosto. Vale lembrar que as bolsas americanas estão fechadas por conta do feriado de Dia do Trabalho.

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No Tesouro Direto, o papel atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 pagava a inflação mais um prêmio anual de 3,03%, ante 3,01% na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.794,79 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 55,89 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os títulos com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, apresentavam taxa de 3,69% ao ano, ante 3,68% a.a. anteriormente.

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Já o retorno dos papéis prefixados, como o com prazo em 2022, avançava de 6,08% para 6,15% a.a., enquanto o Tesouro Prefixado 2025 pagava uma taxa de 7,14%, ante 7,10% ao ano pela manhã.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (2):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 3,03% R$ 55,89 R$ 2.794,79
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,69% R$ 36,74 R$ 1.837,05
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,69% R$ 38,39 R$ 1.279,94
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,18% R$ 38,02 R$ 3.802,33
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,57% R$ 42,20 R$ 4.220,89
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,76% R$ 45,50 R$ 4.550,88
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,15% R$ 34,81 R$ 870,41
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,14% R$ 34,65 R$ 693,00
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,40% R$ 35,55 R$ 1.185,14
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 102,87 R$ 10.287,02

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

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O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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