Tesouro Direto: taxas de títulos públicos têm alta nesta quarta-feira

Investidores monitoraram pacote de estímulos nos EUA; no Brasil, foco recaiu sobre cenário político e vacina contra a Covid-19

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam alta na tarde desta quarta-feira (16).

O título que acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 2,43%, ante 2,37% ontem.

A taxa paga pelo mesmo papel com juros semestrais e vencimento em 2055, por sua vez, subia de 3,84% para 3,89% ao ano.

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Entre os papéis com retorno prefixado, o com vencimento em 2023 pagava uma taxa anual de 4,52%, acima dos 4,43% pagos anteriormente.

Já o juro pago pelo Tesouro Prefixado 2026 era de 6,64%, ante 6,57% no último pregão.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (16):

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Fonte: Tesouro Direto

Cena internacional

Entre os destaques do dia, as atenções recaíram sobre a decisão de juros, nos Estados Unidos, do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que manteve as taxas de juros próximas de zero.

Em comunicado, a autoridade monetária americana reforçou seu compromisso de comprar pelo menos US$ 120 bilhões em títulos por mês “até que um progresso substancial tenha sido feito em direção às metas máximas de emprego e estabilidade de preços do Comitê”.

Ainda no radar, as conversas sobre um pacote de US$ 748 bilhões em estímulos parecem ter progredido. Após reunião com a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse estar otimista com um acordo em breve.

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Também na cena externa, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que houve progresso nas negociações com o Reino Unido sobre o acordo comercial pós-Brexit. Segundo ela, os próximos dias devem ser “críticos”. O atual acordo comercial tem prazo para se encerrar em 31 de dezembro.

Quadro doméstico

Na cena doméstica, o Congresso aprovou o texto-base da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021. Eles analisam agora destaques apresentados pelos deputados e pelos senadores.

Entre outros itens, o texto prevê a correção do salário mínimo em janeiro dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.088. A variação corresponde à estimativa de inflação acumulada neste ano pelo INPC. A regra que previa eventuais aumentos reais foi extinta em 2019.

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Ontem, o Senado aprovou, em votação-relâmpago, o projeto de reestruturação da dívida dos estados, que muda o regime de recuperação fiscal, de forma a permitir que Rio Grande do Sul, Goiás e Minas Gerais participem. O texto segue agora para sanção presidencial.

Em coletiva de imprensa, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou ontem que o governo adiou a análise de propostas prioritárias para a retomada da economia.

“Acho que o governo desistiu desse enfrentamento em relação ao equilíbrio fiscal. Isso vai gerar uma pressão muito grande nos primeiros meses do próximo ano, na minha opinião. Eu acho que nós vamos entrar o ano sem clareza de qual vai ser o caminho em relação ao seu gasto público. Acho que o governo perdeu a vontade, as condições e o interesse de, de fato, manter a política que foi prometida pelo ministro da Economia antes de assumir o mandato, que era caminhar para um déficit zero (…) Prometeram os gatilhos da PEC Emergencial, desistiram. Por isso que o relator desistiu inclusive de relatar a PEC. E agora, numa última tentativa da inclusão nisso, no projeto de lei complementar, que tinha dúvidas jurídicas inclusive, até da nossa assessoria, mais uma vez o governo desiste desse desgaste”, afirmou.

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Com relação ao coronavírus, o Ministério da Saúde enviou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) informações sobre o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação. Sem informar uma data exata para o início da imunização no Brasil, o governo afirmou que o plano seria integralmente executado em 16 meses.

O governo estipulou quatro grupos prioritários, mas não revelou sua composição. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, pretendem apresentar o projeto, possivelmente trazendo novos detalhes.

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