Tesouro Direto: retornos de prefixados chegam a 10,53%; mercado aguarda payroll dos EUA

Já os títulos atrelados à inflação apresentavam retornos reais de até 5,56%, na segunda atualização do dia

Bruna Furlani

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A sessão desta quinta-feira (4) é marcada por um movimento misto das taxas oferecidas pelos títulos do Tesouro Direto, na segunda atualização do dia. Por mais um pregão, o retorno de títulos prefixados avança, enquanto papéis atrelados à inflação registram recuo nas rentabilidades reais.

O movimento ocorre ao mesmo tempo em que os juros futuros no Brasil apresentam avanço ao longo de toda a curva, fenômeno que espelha o dia de elevação nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano).

O olhar está voltado para os Estados Unidos. A expectativa de investidores é grande pela divulgação do principal relatório de emprego monitorado pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), que é o payroll e que será apresentado na sexta-feira (5).

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Hoje, agentes financeiros tiveram acesso a uma prévia dos números do mercado de trabalho, com a divulgação do Relatório Nacional de Emprego ADP. Nele, foi apresentado que os EUA criaram 164 mil novas vagas no setor privado em dezembro, acima das expectativas do consenso de mercado.

Na véspera (3), o mercado reduziu o otimismo com o início do ciclo de cortes de juros americanos em março, com a divulgação da ata do Comitê de Mercado Aberto Federal (Fomc, na sigla em inglês), referente à reunião de dezembro.

No Tesouro Direto, o maior juro oferecido por prefixados era entregue pelo Tesouro Prefixado 2033, no valor de 10,53%, na segunda atualização do dia, acima dos 10,44% vistos na sessão anterior.

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Já os títulos atrelados à inflação apresentavam retornos reais de até 5,56%, no mesmo horário, percentual que era entregue pelo Tesouro IPCA+2045 e que era inferior aos 5,59% vistos um dia antes.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta quinta-feira (4):

Fonte: Tesouro Direto

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Reoneração da folha

Dentro da cena local, o foco está na articulação do Governo para tentar aprovar a medida provisória (MP) que retoma a tributação gradual da folha de pagamento das empresas.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve reunir líderes partidários na próxima segunda-feira ou terça-feira para debater sobre o tema.

Apesar disso, Pacheco já indicou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em conversa reservada, que a medida provisória vai ter dificuldade de avançar no Congresso, mesmo que não seja devolvida à Presidência da República. Governistas tentam reverter o quadro e abrir um caminho de diálogo até fevereiro, quando o Legislativo volta do recesso.