Taxas no Tesouro Direto operam sem direção definida no primeiro dia do Copom

Investidores monitoraram primeiro dia de reunião de política monetária no Brasil (Copom) e nos EUA (Fomc)

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Os títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa do governo federal de compra e venda de títulos públicos para pessoas físicas, operavam sem direção definida na tarde desta terça-feira (15), no primeiro dia das reuniões de política monetária do Federal Reserve, nos Estados Unidos, e do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil.

Os títulos prefixados apresentavam queda em suas taxas, enquanto os prêmios dos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiam.

O título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 3,56% nesta tarde, contra 3,53% na segunda-feira (14). Da mesma forma, o prêmio pago pelo Tesouro IPCA+com juros semestrais 2030 subia de 3,88% para 3,91% ao ano.

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Entre os títulos com retorno prefixado, o papel com vencimento em 2024 pagava uma taxa de 8,05% ao ano nesta tarde, ante 8,10% na sessão anterior, enquanto a taxa anual paga pelo Tesouro Prefixado 2026 cedia de 8,49% para 8,42% ao ano.

Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta terça-feira (15):

Fonte: Tesouro Direto

Copom e Bolsa Família

No Brasil, os investidores aguardam pela decisão de política monetária do Copom, que decide amanhã os rumos da taxa básica de juros. A expectativa majoritária do mercado aponta para uma elevação da taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 4,25% ao ano.

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As atenções ficarão por conta do comunicado da autoridade monetária, que deverá trazer novas sinalizações sobre a estratégia do BC em meio à alta da inflação no país.

Ainda entre os destaques, matéria do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a reformulação do programa Bolsa Família – que recebeu o nome provisório de Renda Cidadã – prevê um benefício médio em torno de R$ 250 e um custo total de R$ 51,51 bilhões para 2022.

O governo quer engatilhar o Bolsa Família reforçado depois da nova prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses (até outubro), confirmada ontem pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

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Já no noticiário sobre a crise hídrica, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que o governo federal estuda conceder descontos ou créditos na conta de luz para consumidores que reduzirem o uso de energia nos horários de pico a partir de meados de julho. A medida valeria inclusive para as indústrias.

EUA no radar

No cenário internacional, as atenções recaíram sobre a reunião do Federal Open Market Committee (Fomc), com expectativa de que o banco central americano não sinalize nenhuma nova medida. Comentários sobre taxa de juros, inflação e economia, que possam sinalizar uma futura desaceleração na política de compra de ativos podem, contudo, influenciar os mercados.

O presidente do BC americano, Jerome Powell, falará à imprensa após a decisão, na quarta-feira. Espera-se que ele reafirme o compromisso da instituição com uma política monetária expansionista. Há, no entanto, preocupação a respeito da inflação, que registrou em maio níveis mais altos do que o esperado, de acordo com relatório divulgado na última semana.

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Ainda nos Estados Unidos, o dia foi movimentado com uma série de indicadores econômicos. O Índice de Preços ao Produtor (PPI) registrou alta de 0,8% em maio, acima da projeção dos analistas ouvidos pela Refinitiv, que previam avanço de 0,6%. Na base anualizada, a alta chegou a 6,6%, o maior avanço em 12 meses em quase 11 anos.

Já as vendas no varejo registraram queda de 1,3%, resultado pior que o previsto. Analistas consultados pela Refinitiv projetavam que as vendas recuassem 0,7% no mês passado em comparação a abril. Já a produção industrial dos EUA teve alta de 0,8% em maio, após elevação de 0,1% um mês antes.

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