Taxas dos títulos do Tesouro Direto têm alta nesta sexta-feira

Em dia de agenda mais esvaziada, mercado acompanhou prévia de inflação, noticiário político e crise hídrica

Bruna Furlani

(CarlaNichiata/Getty Images)

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados na plataforma do Tesouro Direto apresentavam alta na tarde desta sexta-feira (18).

O Tesouro Prefixado com vencimento para 2026 pagava uma taxa anual de 8,77%, ante o prêmio de 8,53% na sessão anterior. Da mesma forma, o Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2031 passou a oferecer um rendimento de 9,44%, após rentabilidade anual de 9,17% na véspera.

Os títulos atrelados à inflação também pagavam taxas maiores nesta tarde. O Tesouro IPCA+2045, por exemplo, estava oferecendo uma rentabilidade anual de 4,21%, contra 4,10% na sessão de ontem. E o Tesouro IPCA +2055 com juros semestrais passou a pagar a inflação mais uma taxa de 4,39% ao ano. Anteriormente, o mesmo título estava oferecendo pagando a inflação mais uma taxa de 4,31% ao ano.

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Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta sexta-feira (18):

Fonte: Tesouro Direto

Para ficar de olho

Na agenda do dia, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou a segunda prévia do IGP-M de junho, que registrou alta de 1,27%, mas desacelerou em relação ao mês passado, quando tinha avançado 3,83%.

De acordo com a instituição, a desaceleração ocorreu especialmente por causa do alívio dos preços de commodities e da apreciação do real na comparação com o dólar.

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No cenário internacional, investidores digeriram dados importantes divulgados nesta semana, como os números de novos pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos apresentados ontem (17), que subiram de forma inesperada no último registro.

Segundo dados do Departamento de Emprego dos Estados Unidos, o número de novos pedidos de seguro-desemprego chegou a 412 mil na semana passada, valor acima da estimativa de 360 mil. Foram cerca de 37 mil pedidos a mais do que na semana anterior.

Cena política

O mercado acompanhou ainda o ambiente político, com notícias ligadas à crise hídrica, ao programa Bolsa Família e à piora da Covid-19 no país.

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Segundo o jornal Valor Econômico, todo o parque de geração termelétrica brasileiro deve ser mantido em operação até mesmo durante o período chuvoso, entre novembro e abril, para afastar risco de racionamento de energia em 2022, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico.

O acionamento das termelétricas por períodos mais longos pode fazer com que o governo tenha que manter a bandeira vermelha patamar 2 por mais tempo, o que pode ajudar a pressionar ainda mais a inflação.

Outro destaque que permaneceu no radar foi uma matéria divulgada pela Folha de S. Paulo, que diz que o Bolsa Família pode ficar em R$ 270, abaixo dos R$ 300 anunciado anteriormente pelo presidente Jair Bolsonaro.

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Segundo a publicação, após almoço com empresários no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro teria mencionado o novo valor e falado numa possível mudança no nome do programa, além de sua abrangência, tema já discutido no ano passado no governo.

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