Estrangeiros fogem da Bolsa e aumentam busca por renda fixa brasileira

Se estrangeiros mantiverem ritmo de vendas de ações, o Credit Suisse prevê que o fluxo ficará zerado já nesta semana

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O interesse do investidor estrangeiro pelos ativos em renda fixa do Brasil mostrou crescimento em fevereiro e atingiu US$ 450 milhões no mês passado enquanto o saldo era negativo em US$ 1,559 bilhão em fevereiro de 2017.

Embora a taxa de juros básica esteja em seu menor patamar histórico, em 6,50%, com o corte de 0,25 ponto percentual na última semana, o Brasil passou para a 6ª posição no ranking mundial de juros reais calculado pela Infinity AsseT e o MoneYou com 40 países. Em fevereiro, o país tinha a 5ª maior taxa do ranking. 

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Do outro lado, os aportes em ações de empresas brasileiras caíram. Foram R$ 31 milhões no saldo de investimentos em ações em fevereiro ante US$ 803 milhões no mesmo período do ano passado, segundo dados do Banco Central. 

A saída de estrangeiros da Bolsa brasileira segue ocorrendo no mês de março. Os investidores estrangeiros venderam R$ 301,76 milhões em ações na última terça-feira (20), acumulando em março saldo negativo de R$ 4,49 bilhões, resultado de vendas que somaram R$ 82,12 bilhões, enquanto as compras atingiram R$ 77,63 bilhões no mês. Com isso, os “gringos” acumulam 17 pregões consecutivos na ponta vendedora, ou seja, desde 26 de fevereiro os estrangeiros não registram saldo positivo no dia.

Com isso, o saldo positivo no ano saiu da casa do bilhão e agora está em R$ 826,9 milhões. Se permanecer nesse ritmo de vendas, o Credit Suisse prevê que o fluxo ficará zerado já nesta semana.

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Com 51% de participação nas negociações na Bolsa brasileira, acompanhar as movimentações dos estrangeiros sempre foi um bom indicativo sobre a tendência do Ibovespa, tendo em vista que cerca de metade de todas as transações efetuadas partem desses investidores.

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