Investimento em empresas – sem comprar ações – ganha atenção de investidores; entenda

Queda da inflação e das taxas de juros tem estimulado investidores a diversificar, afirma diretor da Anbima

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O investimento em debêntures, títulos de dívidas que geram um direito de crédito ao investidor, tem ganhado mais visibilidade e aumentado o interesse de investidores institucionais e pessoas físicas, segundo levantamento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). 

O destaque no terceiro trimestre foi o mercado de infraestrutura, principalmente os relacionados às empresas de energia. Os dados da Anbima mostram que o volume de emissão até o terceiro trimestre ultrapassa o volume total de todo o ano de 2016. Enquanto no ano passado o número total de emissões de debêntures foi de 22, movimentando R$ 1,8 bilhão, somente entre janeiro e setembro de 2017 esse número alcança 21 emissões, com volume de R$ 4,8 bilhões, um aumento de 166% em relação a 2016.

O prazo médio dos títulos subiu de cerca de três anos para uma média de 4 anos. “O prazo de emissão está se movendo para frente, para prazos mais longos. As emissões de até três anos caíram enquanto as emissões de 4 a 6 anos subiram no período”, destaca João Eduardo Laloni, diretor da Anbima,.

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A demanda de investidores institucionais e pessoas físicas também é alta por CRIs (Certificados de Recebível Imobiliário) e CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) em detrimento à queda da participação de instituições ligadas à oferta, ou seja, os bancos não estão encarteirando tanto como faziam e o mercado está comprando mais.

Segundo Laloni, a queda das taxas de juros e a inflação baixa têm refletido na dinâmica de mercado de capitais. “O cenário está estimulando os investidores a diversificarem e também a emissão de ações”, diz.