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SÃO PAULO – Nesta semana, um fato que já era esperado pela maioria dos analistas econômicos aconteceu: a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota do Brasil para o grau especulativo, retirando o selo de bom pagador. Isso fez com que ontem (24), as taxas de juros da renda fixa mostrassem avanço. Seria essa uma boa oportunidade para o investidor?
“Com o cenário atual é muito provável que tenhamos muita volatilidade e, com isso, outras oportunidades. O governo ainda não dá sinais de que entendeu a gravidade da situação econômica e, sem medidas consistentes no curto prazo, podemos caminhar para uma situação em que a inflação será fortemente pressionada. Neste caso os prefixados perderiam atratividade”, comenta Alexandre Amorim, sócio da consultoria de investimentos Par Mais.
Max Scatimburgo, economista e assessor de investimentos da Atlas Invest, comenta que o rebaixamento do Brasil já era esperado e precificado, mas que as taxas praticadas em títulos prefixados atualmente não são ruins. “Rentabilidade de 15% ao ano ‘livre de risco’ não se encontra em qualquer lugar”, crava.
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Vale lembrar que a estratégia de investir em títulos prefixados e vendê-los antes de seu vencimento pode ser arriscada pois, caso isso seja feito em um momento errado, o investidor pode ter até prejuízo em seu investimento. No entanto, o risco de crédito é o mesmo de títulos pós-fixados semelhantes.
“Com esse cenário, o risco dos títulos prefixados é maior por causa da marcação a mercado, mas se o investidor tem disponibilidade para levar o título ao vencimento, considerando uma liquidez maior, acho que é uma oportunidade para compor a carteira, tanto em títulos públicos, como CDB (Certificado de Depósito Bancário) e até LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) que tem o ganho da isenção do IR”, afirma ainda o assessor de investimentos.
Assim, Max aponta que a diversificação é importante em qualquer carteira de investimento e é possível “turbinar” os resultados na parte de renda fixa com uma boa alocação de investimento que se aproveite das atuais turbulências no Brasil.
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