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SÃO PAULO – “Vivemos um momento de oportunidades incríveis na renda fixa”, afirma o sócio da Alta Vista Investimentos e assessor de investimentos André Albo. Apesar do cenário atual de forte turbulência interna e situação macroeconômica se deteriorando, o especialista está otimista com os investimentos dessa categoria.
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“Os juros estão bastante elevados, com a Selic na faixa de 14,25% ao ano sem perspectiva de redução, se algumas pessoas tem incerteza em relação ao futuro, para o investidor é um ótimo momento”, afirma o especialista. Com um bom planejamento e boa pesquisa, o investidor consegue encontrar excelentes investimentos com taxa pós-fixada.
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O segredo, nesse caso, é que o investidor abra mão da liquidez para assim conseguir mais rentabilidade. “Um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com vencimento de dois ou três anos, por exemplo, pode trazer uma rentabilidade de até 120% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), o que é ótimo”, afirma o especialista.
Vale lembrar que os CDB são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil por CPF por instituição financeira, que é a mesma garantia que a poupança conta.
Outro investimento recomendado pelo analista é o Tesouro Direto. O programa de compra e venda de títulos públicos pode contar com uma rentabilidade menor do que os CDB, por exemplo, mas tem a vantagem de ter liquidez diária. “É importante ressaltar que o Tesouro Direto é o investimento mais seguro do país e que o risco de um default do governo é baixíssimo”, pondera.
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O investidor só deve ficar atento com sua estratégia de investimento. Se vender títulos prefixados ou atrelados à inflação antes de seu vencimento, ele está sujeito à marcação a mercado e pode inclusive embolsar prejuízo.
Em relação ao investimento em bolsa, o especialista afirma que, embora existam papéis e setores muito baratos, ainda mais pensando na bolsa em dólar, esse não é o momento de dar uma “porrada” no mercado de ações. “Não é agora que o mercado vai virar, isso está longe de acontecer, mesmo que alguns papéis consigam subir mais. Quem quiser entrar na bolsa deve ficar de olho em setores defensivos, exportadoras, empresas com boa gestão e com bom pagamento de dividendos”, relata Albo.
Já em relação aos imóveis, o especialista de investimentos não acredita que haverá uma queda brusca dos preços, mas sim uma continuidade de uma tendência de queda suave, gerada principalmente pela demanda mais fraca e grande oferta.
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