Confira 7 mitos e verdades sobre a renda fixa

Um dos mitos é achar que não é possível perder dinheiro na renda fixa

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – O investimento em produtos de renda fixa está em alta nos últimos tempos e não é para menos: com a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, muitas aplicações apresentam rentabilidade bastante interessante e com uma segurança maior. No entanto, tudo que se diz sobre a renda fixa é verdade? O InfoMoney conversou com especialistas e chegou a uma lista de 7 mitos e verdades sobre a renda fixa.

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1 – Você pode investir pequenos valores em renda fixa – verdade

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A especialista em mercado de capitais da Clamber Agente Autônomo de Investimentos, Valdelane Martins, destaca que o Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos do governo federal, permite aplicações a partir de um valor mínimo de apenas R$ 30,00. “É um mito a história de quem é preciso juntar muito dinheiro para começar a investir”, relata. Além disso, ela também lembra que é possível encontrar bons títulos de renda fixa, como os CDB (Certificado de Depósito Bancário) com investimentos mínimos mais atraentes.

2 – Com a renda fixa você não tem chance de perder dinheiro – mito
Muitos investidores aplicam no Tesouro Direto com a expectativa de que ganharão dinheiro em qualquer circunstância, o que, no entanto, não é verdade. Como aponta Júlio César Fröhlich, assessor financeiro da Focalise Educacional, quem investe em um título e fica com o dinheiro até seu vencimento, de fato, não terá prejuízo, no entanto, quem sair de um título antes de sua data poderá ter que arcar com prejuízo.

3 – É melhor investir em renda fixa dos grandes bancos – mito
Títulos de renda fixa atrelados a grandes bancos costumam ter uma rentabilidade bastante inferior à de bancos médios e pequenos. Vale lembrar que todos os CDB, LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações de até R$ 250 mil, o que significa que eles terão o mesmo risco em todas as instituições financeiras. Valdelane sugere apenas que, o dinheiro do investidor que seja destinado a emergências fique, ao menos em parte, em algum título de um grande banco para assim esse dinheiro estar disponível mais facilmente em momentos de risco, uma vez que o FGC demora algum tempo até ressarcir o investidor em caso de quebra do banco.

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4 – A renda fixa sempre perde para a bolsa no longo prazo – mito
Apesar de muitas estatísticas que quem investe em ações tende a ter uma melhore rentabilidade no longo prazo, a verdade é que não há como prever qual investimento será melhor para cada investidor. “Não são todas as ações que sobem no longo prazo, nem todo investidor que sabe escolher sozinho as melhores aplicações”, relata Frölich.

5 – A renda fixa oferece diferentes tipos de remuneração para o investidor – verdade
Grande parte dos títulos de renda fixa são atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que tem sua trajetória relacionada à taxa básica de juros, no entanto, existem outros títulos com rentabilidades diferentes, para perfis variados. Valdelane relata que, dependendo do perfil do investidor, ele pode mesclar aplicações em investimentos prefixados com pós-fixados, ou ainda em aplicações que cubram o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mais taxa de rentabilidade real.

6 – Todo título de renda fixa vai render muito – mito
Outro mito que Valdelane Martins contesta é o de que investimentos em renda fixa têm sempre uma rentabilidade muito alta. “O investidor precisa fazer as contas, ver qual é a rentabilidade de um CDB, por exemplo, no qual pretende aplicar. Ele pode ir ao banco e receber uma proposta muito ruim, com rentabilidade baixíssima”, diz a especialista. Assim, o melhor que o investidor pode fazer é buscar uma boa assessoria de investimentos para assim ter um conselho adequado sobre onde investir.

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7 – Aplicação boa é aquela que rende 1% ao mês – mito
Esse é mais um mito esclarecido por Frölich. O especialista destaca que muitas pessoas acham que uma boa aplicação de renda fixa é aquela que rende 1% ao mês. No entanto, esse fato não é verdade. O assessor financeiro explica que, atualmente, com os juros altos, é possível encontrar aplicações com essa rentabilidade ou até mais alta, mas esse não é um fato que acontecerá sempre e nem deve ser essa a mentalidade do investidor. “O investidor deve buscar as melhores opções dentre aquilo que o mercado oferece e não com uma rentabilidade já concebida previamente”, atesta.