Conheça a novidade que pode mudar a maneira de investir em renda fixa

Segundo Marco Antonio Sudano, diretor de Trading do Itaú BBA, diversas associações do mercado estão tentando regularizar os ETFs de renda fixa no Brasil

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O mercado de debêntures (títulos de dívidas de empresas privadas) ainda é desconhecido e pouco acessível para o a maioria dos brasileiros. As emissões costumam ser voltadas para grandes investidores, que possuem mais recursos disponíveis, e o mercado secundário é praticamente inexistente. 

Um alternativa para investir de forma indireta nas debêntures são os ETF (Fundos de Índices) de renda fixa, que ainda não existem no Brasil, mas que estão em análise pelos órgão reguladores. Como o ETF reflete uma carteira de títulos negociados no mercado, ao comprar cotas de um fundo que espelha um índice de debêntures, por exemplo, o investidor conseguiria aproveitar a oscilação destes títulos com um risco pulverizado.“Esse é um instrumento que, fora do Brasil começou há pouco tempo, se você pensar na história do mercado financeiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, começou há uma década”, explicou.

Os fundos de índice já foram regulamentados aqui no Brasil para o mercado acionário, mas tem uma demanda grande do mercado financeiro para que essa regulamentação atinja os instrumentos de renda fixa. “Eu considero este um passo extremamente importante, muito racional e didático para os investidores. À medida que os investidores forem permitidos a investir em debêntures não comprando uma única, mas sim um conjunto, via fundo negociado em bolsa, ele passa a ter uma aplicação muito mais diversificada do que a de um único emissor – que às vezes não consegue fazer frente a seu compromisso financeiro”, disse Sudano.

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Uma alternativa que já é possível para as debêntures
Enquanto os ETF de renda fixa não são regulamentados no Brasil,  os investidores médios que se interessam pelo mercado de debêntures têm uma alternativa: os fundos de investimento de crédito privado.

 

Segundo o diretor, a indústria de fundos brasileira certamente é a mais desenvolvida entre os mercados emergentes e é bastante sofisticada, ou seja, este acesso poderia ser permitido por meio dos fundos de investimentos, para fazer a abordagem inicial.

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Fundos de Crédito Privado
Os fundos de crédito privado investem a maior parte do seu capital em títulos de dívidas de empresas. Com eles, é possível investir em um conjunto de debêntures.

De acordo com o último relatório da Anbima, os fundos de crédito privado renderam, em média, 0,86% no mês passado e 3,25% no acumulado de 2014. Em 12 meses a rentabilidade foi de 8,7%, 17,7% em 24 meses e 31,7% em 36 meses.

Como exemplo, dois fundos que são populares entre os investidores mais conservadores que gostam do mercado de debêntures são: o Safra Capital Market Profit DI Crédito Privado e o XP Investor FI Renda Fixa Crédito Privado LP.

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O primeiro exige uma aplicação inicial de R$ 25 mil, movimentação de R$ 1 mil e saldo mínimo de R$ 10 mil. A Taxa de administração varia entre 1,35% e 1,50% e a cotização de aplicação e resgate é D0.

Já no segundo a aplicação mínima é de R$ 5 mil, a movimentação mínima é de R$ 1 mil e o saldo de permanência também. A Taxa de administração varia entre 0,75% e 1,25% e a taxa de performance é de 20%. A cotização de aplicação é D0 e a de resgate D15.