Confira os melhores investimentos para ganhar com a alta da Selic

O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 10% ao ano, dando continuidade ao ciclo de aperto monetário, que já dura seis reuniões. O que isso muda nos investimentos?

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a taxa Selic para 10% ao ano, na última quarta-feira (27), dando continuidade ao ciclo de aperto monetário que já dura seis reuniões. A taxa básica de juros da economia começou a subir em abril deste ano, após um ciclo de afrouxamento monetário que durou mais de um ano e levou a Selic de 12,5% ao menor nível histórico, de 7,25%, em outubro de 2012.

Com a nova taxa, a remuneração da caderneta de poupança continua a ser definida de acordo com antiga regra, ou seja, uma rentabilidade de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a chamada TR (Taxa Referencial), que atualmente encontra-se próxima de zero.

A nova regra deste tipo de investimento estava vigente até o dia 28 de agosto e ditava uma remuneração de 70% da Selic mais a TR. Isso vale apenas enquanto a taxa de juros estiver menor que 9% ao ano.

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A poupança, mesmo rendendo o seu máximo possível, oferece uma rentabilidade extremamente baixa – apesar da segurança que oferece e da facilidade de aplicação e resgate – assim ficando atrás de outras opções do mercado de renda fixa, que também são beneficiados com a alta da Selic, como os títulos do Tesouro Direto, por exemplo.

As melhores opções com Selic a 10% ao ano
Segundo Mauro Calil, educador financeiro, as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e os fundos de DI continuam sendo a melhor alternativa, só que agora ainda mais atrativos.

Já de acordo com o gestor de investimentos da Lecca, Carlos Haber, a recomendação é manter boa parte das carteiras sugeridas atreladas ao CDI, por considerar que a subida do juro básico da economia irá continuar em ritmo de alta, até maior do que o mercado estava prevendo. “A última ata do Copom deu a entender que o Banco Central fará de tudo para diminuir mais ainda a pressão inflacionária, custe o que custar. De agora em diante está muito mais provável que este aperto será mais duro e trará a taxa de juro para acima de 10% ao ano.”

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Já as LFTs, que estavam interessantes até a última reunião, já perderam a atratividade, de acordo com o economista e especialista em investimentos e métodos quantitativos, Richard Rytenband, afinal, o ciclo de aperto monetário pode estar chegando ao fim, devido à proximidade das eleições. “A Selic já subiu de 7,25% para 10% ao ano, ou seja, quem entrar em LFT agora já vai ter perdido toda a alta. Não faz o menor sentido”, afirmou.

Segundo o especialista, as melhores opções no Tesouro Direto continuam sendo a LTNs com vencimento em 2017 e as NTN-Bs com prazo mais longo, em especial a com vencimento em 2030.