Dicas de 4 especialistas para fazer sua carteira de R$ 10 mil render mais

Antes de aplicar, o investidor deve checar se há algum gasto extra que pode ser cortado para sobrar mais dinheiro para investir

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – Muitos investidores acham que não possuem recursos suficientes e, por isso, acabam deixando de procurar alternativas para fazer o seu dinheiro render mais. Pensando nisso, o portal InfoMoney consultou profissionais da área de finanças para saber quais estratégias podem auxiliar uma pessoa que possui cerca de R$ 10 mil disponíveis a investir melhor e a ganhar mais.

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De acordo com os especialistas consultados, com R$ 10 mil na conta bancária, o investidor consegue rendimentos interessantes, desde que pesquise e analise bem as aplicações. Na renda fixa, por exemplo, uma boa alternativa são investimentos como CDBs (Certificado de Depósito Bancário) de bancos médios, LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) ou LCAs (Letra de Crédito Agrícola). Os bancos de menor porte costumam pagar taxas maiores para os investidores, devido ao maior risco de crédito – a chance da instiuição “quebrar” é maior do que nos bancos grandes e o investidor é melhor remunerado por correr este risco.

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Ao mesmo tempo, o investidor pode usar o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) a seu favor, já que tanto a LCI quanto o CDB possuem garantia do fundo para aplicações de até R$ 70 mil. “Com um CDB de um banco menor você consegue, muitas vezes, mais de 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e conta com a segurança do FGC”, avalia o planejador financeiro, Valter Police. Já a LCA não tem esta garantia e o investidor deve tomar mais cuidado.

Outro ponto que torna LCIs e LCAs atrativas é a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que pode fazer uma diferença considerável, especialmente no longo prazo.  O CDB, por sua vez, não tem este benefício.

Já quem pensa em procurar um fundo de renda fixa deve ficar atento principalmente à taxa de administração.“Via de regra, fundos que cobram uma taxa de administração acima de 1% dificilmente rendem acima da inflação”, ressalta o educador financeiro e fundador da Academia do Dinheiro, Mauro Calil.

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O especialista em finanças, Antônio de Julio, também acha interessante que o investidor aplique parte da carteira nos títulos públicos do Tesouro Direto. “Hoje em dia, é possível comprar títulos a partir de R$ 100. E o Tesouro está tão avançado que o investidor pode agendar o quanto ele quer aplicar mensalmente através da plataforma do programa na internet”, pontua.

Fundos imobiliários e ações
Os fundos imobiliários surgiram como uma opção interessante para os investidores que possuem poucos recursos conseguirem uma exposição ao mercado de imóveis. Na maioria das vezes, as cotas dos fundos são emitidas por R$ 100, ou seja, com R$ 5 mil é possível comprar cerca de R$ 50 cotas em uma emissão primária.

Estes fundos normalmente são lastreados em imóveis a que o investidor não teria acesso de outra maneira. Shopping centers, hospitais, universidades, agências bancárias e edifícios comerciais são ativos comuns nas carteiras dos FIIs, que são negociados na bolsa de valores e permitem que o investidor ganhe de duas formas: com a valorização das cotas no mercado e com a distribuição mensal de rendimentos (referentes aos aluguéis pagos pelos inquilinos dos imóveis).

Um benefício interessante é que os rendimentos pagos periodicamente são isentos de IR para pessoas físicas (com algumas raras exceções). Já a venda das cotas com lucro implica na cobrança de 20% sobre os ganhos. Para o educador financeiro e sócio da Mais Ativos, Álvaro Modernell, os FIIs são uma alternativa para aumentar a rentabilidade de um portfólio de R$ 10 mil. “O investimento pode ser interessante, principalmente para um objetivo de médio a longo prazo para a compra de um imóvel”. 

Em contrapartida, quando o assunto é mercado de ações, o especialista se mostra mais cauteloso e lembra que os ativos da bolsa de valores possuem alta volatilidade. O pequeno investidor, portanto, deve pensar bem antes de entrar neste mercado e analisar se os custos valem a pena. Isto porque as taxas de corretagem podem pesar muito em aplicações de menor valor, fazendo com que o investimento não  valha a pena. 

Uma maneira de mitigar essas taxas e diversificar a aplicação em ações com pouco dinheiro é investir por meio de ETFs (Exchange Traded Funds, ou fundos de índices). Estes fundos replicam índices da bolsa de valores e permitem que o investidor aplique em uma cesta de papéis (todas as ações que compõe aquele índice), comprando apenas uma cota, com taxas de administração baixas (de menos de 1% ao ano). “Se a pessoa não for utilizar o dinheiro dentro de 2 ou 3 anos, ela pode pensar em investir cerca de 1/3 em ações ou em ETFs, caso contrário é melhor manter distância”, pontua Modernell.

Ter liquidez e analisar fontes de renda
Por fim, Valter Police ressalta que o mais importante do que a rentabilidade em uma carteira de R$ 10 mil é ter segurança e liquidez. “O investidor deve manter, acima de tudo, um colchão financeiro, por isso também pode ser interessante aplicar em uma poupança que oferece as duas coisas e não há a incidência do imposto de renda sobre a aplicação”, aconselha.

Para Calil, antes de pensar em investir, o primeiro passo é analisar suas fontes de renda. “Considerando que o investidor já receba um salário, ele pode aumentar sua receita com atividades paralelas e, caso seja autônomo, pode considerar atender mais um cliente”, afirma o educador, citando o método FAST (Fazer, Antever, Salvar e Turbinar).

Em seguida, ele precisa checar se existem gastos extras que podem ser cortados como cafés de final de semana, manicure etc. Dessa forma, ele conseguirá poupar mais dinheiro para aplicar, sem perder em qualidade de vida.

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