Quanto rende um CDB hoje? Taxas de prefixados seguem Selic e caem para até 9,20%

Levantamento mapeou 358 ativos emitidos entre 18 de janeiro e 1 de fevereiro

Leonardo Guimarães

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Enquanto a taxa Selic recua, a remuneração dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) também cai. A taxa de prefixados caiu para até 9,20%, enquanto os ativos bancários atrelados à inflação também passaram a pagar menos, com juro real de 4,40%. 

É o que mostra um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney, que mapeou 358 CDBs emitidos entre 18 de janeiro e 1 de fevereiro, período que contou com uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) para decidir sobre os juros do Brasil. Na comparação com o último estudo, feito com papéis emitidos entre 4 e 17 de janeiro, as taxas apresentaram queda. 

CBDs pós-fixados

Responsáveis por 69% das emissões de CBDs, os pós-fixados seguem com remuneração média pouco acima do CDI, com queda nas taxas de curtíssimo e longo prazo. 

Os papéis que vencem em três meses pagaram 101,01% do CDI na última quinzena, após remuneração média de 101,24% na primeira metade de janeiro. Para o prazo de 24 meses, a taxa média caiu de 101,28% para 100,82%, e em 36 meses, saiu de 101,93% do CDI para 101,79%. 

A remuneração dos papéis de curto e médio prazo, por outro lado, subiu. Papéis de seis meses entregaram taxa de 100,05% do CDI contra 99,34% de média na leitura anterior e títulos de 12 meses tiveram juro médio de 100,85% da taxa de referência ante 100,60% no início do ano. 

Renan Rego, gestor de portfólios da G5 Partners, acredita que os ativos bancários pós-fixados “vão perder atratividade” diante de opções mais interessantes hoje no crédito privado, como as debêntures incentivadas. Ele explica que a crise no segmento causada pelos casos Americanas e Light causou uma migração para os CDBs, movimento que agora deve ser revertido com a volta de debêntures para a carteira dos investidores. 

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As emissões de CBDs pós-fixados aumentaram na última quinzena, saindo de 217 para 247. 

Retornos de CDBs indexados ao CDI de 18 de janeiro a 1 de fevereiro
Prazo (meses)Taxa mínimaTaxa médiaTaxa máximaNúmero de títulosEmissor da maior taxa
397,00%101,01%105,00%34Banco Pan / Paraná Banco
697,00%100,05%120,00%30Banco Master de Investimento
1290,00%100,85%113,00%43Banco C6 Consignado
2498,00%100,82%109,00%85Haitong Banco de Investimento do Brasil
36100,00%101,79%118,00%55Banco C6 Consignado
Fonte: Quantum Finance

Prefixados

As taxas de prefixados curtos seguiram sua trajetória de queda observada nos últimos meses, enquanto os juros de papéis mais longos interromperam a sequência e apresentaram leve alta. 

A remuneração média dos prefixados com vencimento em 36 meses subiu de 10,91% no último levantamento para 11,03% na leitura mais recente. O juro médio dos papéis de 24 meses avançou de 10,45% para 10,94%. As remunerações máximas dos períodos, no entanto, caíram, de 12,51% para 12,02% em 24 meses e de 12,63% para 12,14% em 36 meses.

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Já os CDBs prefixados com vencimento em três meses pagaram, em média, 10,85% ao ano na última quinzena analisada, contra 11,02% na leitura anterior. A taxa média dos títulos de seis meses caiu de 10,76% para 10,32% e a de ativos com vencimento em 12 meses recuou de 10,74% para 10,38%. 

O número de emissões de prefixados saiu de 85 no início de janeiro para 66 até o dia 1 de fevereiro. A gaúcha Sinosserra seguiu emitindo os prefixados de maior taxa, ao lado do Daycoval. 

Retornos de CDBs prefixados de 18 de janeiro a 1 de fevereiro
Prazo (meses)Taxa mínimaTaxa médiaTaxa máximaNúmero de títulosEmissor da maior taxa
310,70%10,85%11,18%14Banco Daycoval
69,75%10,32%10,55%19Banco Daycoval
129,30%10,38%11,90%12Sinosserra Financeira
249,20%10,94%12,02%9Sinosserra Financeira
369,98%11,03%12,14%12Sinosserra Financeira
Fonte: Quantum Finance

CDBs atrelados à inflação

Os CDBs de inflação ofereceram prêmio menor na última quinzena, além de ficarem ainda mais escassos, respondendo por apenas 12,5% dos ativos emitidos. 

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A taxa mínima dos papéis de 24 meses teve forte queda de 5,50% para 4,40%, enquanto a média passou de 5,71% para 5,50%. A remuneração máxima, oferecida pelo Haitong Brasil, ficou estável em 5,95%. 

Já a menor taxa dos CDBs de inflação de 36 meses caiu de 5,70% para 4,95% e a média recuou de 5,99% para 5,85%. Também oferecido pelo Haitong Brasil e estável ante o último levantamento, o juro real máximo foi de 6,25%. 

Retornos de CDBs indexados à inflação (IPCA) de 18 de janeiro a 1 de fevereiro
Prazo (meses)Taxa mínimaTaxa médiaTaxa máximaNúmero de títulosEmissor da maior taxa
244,40%5,50%5,95%24Haitong Banco de Investimento do Brasil
364,95%5,85%6,25%21Haitong Banco de Investimento do Brasil
Fonte: Quantum Finance