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Enquanto a taxa Selic recua, a remuneração dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) também cai. A taxa de prefixados caiu para até 9,20%, enquanto os ativos bancários atrelados à inflação também passaram a pagar menos, com juro real de 4,40%.
É o que mostra um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney, que mapeou 358 CDBs emitidos entre 18 de janeiro e 1 de fevereiro, período que contou com uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) para decidir sobre os juros do Brasil. Na comparação com o último estudo, feito com papéis emitidos entre 4 e 17 de janeiro, as taxas apresentaram queda.
CBDs pós-fixados
Responsáveis por 69% das emissões de CBDs, os pós-fixados seguem com remuneração média pouco acima do CDI, com queda nas taxas de curtíssimo e longo prazo.
Os papéis que vencem em três meses pagaram 101,01% do CDI na última quinzena, após remuneração média de 101,24% na primeira metade de janeiro. Para o prazo de 24 meses, a taxa média caiu de 101,28% para 100,82%, e em 36 meses, saiu de 101,93% do CDI para 101,79%.
A remuneração dos papéis de curto e médio prazo, por outro lado, subiu. Papéis de seis meses entregaram taxa de 100,05% do CDI contra 99,34% de média na leitura anterior e títulos de 12 meses tiveram juro médio de 100,85% da taxa de referência ante 100,60% no início do ano.
Renan Rego, gestor de portfólios da G5 Partners, acredita que os ativos bancários pós-fixados “vão perder atratividade” diante de opções mais interessantes hoje no crédito privado, como as debêntures incentivadas. Ele explica que a crise no segmento causada pelos casos Americanas e Light causou uma migração para os CDBs, movimento que agora deve ser revertido com a volta de debêntures para a carteira dos investidores.
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As emissões de CBDs pós-fixados aumentaram na última quinzena, saindo de 217 para 247.
Retornos de CDBs indexados ao CDI de 18 de janeiro a 1 de fevereiro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 97,00% | 101,01% | 105,00% | 34 | Banco Pan / Paraná Banco |
6 | 97,00% | 100,05% | 120,00% | 30 | Banco Master de Investimento |
12 | 90,00% | 100,85% | 113,00% | 43 | Banco C6 Consignado |
24 | 98,00% | 100,82% | 109,00% | 85 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | 100,00% | 101,79% | 118,00% | 55 | Banco C6 Consignado |
Prefixados
As taxas de prefixados curtos seguiram sua trajetória de queda observada nos últimos meses, enquanto os juros de papéis mais longos interromperam a sequência e apresentaram leve alta.
A remuneração média dos prefixados com vencimento em 36 meses subiu de 10,91% no último levantamento para 11,03% na leitura mais recente. O juro médio dos papéis de 24 meses avançou de 10,45% para 10,94%. As remunerações máximas dos períodos, no entanto, caíram, de 12,51% para 12,02% em 24 meses e de 12,63% para 12,14% em 36 meses.
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Já os CDBs prefixados com vencimento em três meses pagaram, em média, 10,85% ao ano na última quinzena analisada, contra 11,02% na leitura anterior. A taxa média dos títulos de seis meses caiu de 10,76% para 10,32% e a de ativos com vencimento em 12 meses recuou de 10,74% para 10,38%.
O número de emissões de prefixados saiu de 85 no início de janeiro para 66 até o dia 1 de fevereiro. A gaúcha Sinosserra seguiu emitindo os prefixados de maior taxa, ao lado do Daycoval.
Retornos de CDBs prefixados de 18 de janeiro a 1 de fevereiro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 10,70% | 10,85% | 11,18% | 14 | Banco Daycoval |
6 | 9,75% | 10,32% | 10,55% | 19 | Banco Daycoval |
12 | 9,30% | 10,38% | 11,90% | 12 | Sinosserra Financeira |
24 | 9,20% | 10,94% | 12,02% | 9 | Sinosserra Financeira |
36 | 9,98% | 11,03% | 12,14% | 12 | Sinosserra Financeira |
CDBs atrelados à inflação
Os CDBs de inflação ofereceram prêmio menor na última quinzena, além de ficarem ainda mais escassos, respondendo por apenas 12,5% dos ativos emitidos.
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A taxa mínima dos papéis de 24 meses teve forte queda de 5,50% para 4,40%, enquanto a média passou de 5,71% para 5,50%. A remuneração máxima, oferecida pelo Haitong Brasil, ficou estável em 5,95%.
Já a menor taxa dos CDBs de inflação de 36 meses caiu de 5,70% para 4,95% e a média recuou de 5,99% para 5,85%. Também oferecido pelo Haitong Brasil e estável ante o último levantamento, o juro real máximo foi de 6,25%.
Retornos de CDBs indexados à inflação (IPCA) de 18 de janeiro a 1 de fevereiro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
24 | 4,40% | 5,50% | 5,95% | 24 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | 4,95% | 5,85% | 6,25% | 21 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |