“Previdência é uma boa para quem é muito acomodado”; veja prós e contras

Para o investidor mais acomodado, a previdência privada pode ser uma boa ferramenta de investimento

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A previdência privada é uma das ferramentas de planejamento para a aposentadoria mais utilizada pelos investidores brasileiros, uma vez que ela costuma ser bastante acessível e contar com muita publicidade por parte de grandes bancos. No entanto, quando os planos de previdência são uma boa alternativa e quando são uma verdadeira furada? O InfoMoney conversou com Annalisa Blando dal Zotto, planejadora financeira e sócia da consultoria de investimentos Par Mais para saber os prós e contras do investimento.

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Um dos prós da previdência é para pessoas que não tenham nenhuma disciplina para poupar. “Quem é muito acomodado pode fazer uma previdência, é bem fácil e é melhor ter alguma reserva do que nenhuma reserva. É uma boa para quem não tem disciplina”, afirma. Quando o investidor é muito leigo e não quer se preocupar em aprender sobre investimentos, a previdência privada também pode ser uma boa escolha.

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Utilizar a previdência privada como ferramenta de planejamento sucessório é outra alternativa interessante. Apesar de ser um tema controverso no cenário jurídico brasileiro, geralmente, os planos de previdência não entram como inventário em herança, o que significa que não incide o imposto estadual na hora de transmitir o patrimônio a herdeiros.

Por fim, outro pró da poupança é como estratégia de planejamento tributário. “Quem faz a declaração completa do imposto de renda pode abater até 12% de seus rendimentos em um PGBL, o que é uma boa forma de pagar menos impostos e se beneficiar disso”, relata.

E quando a previdência privada é uma verdadeira cilada? “Quando a taxa de administração é muito alta ou quando há taxa de carregamento. Existem planos que cobram taxas que chegam a 4,5%, 5%. É um absurdo”, afirma a planejadora financeira.

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“Se o investidor não tem um objetivo definido, a previdência privada também é uma péssima ideia. Precisa ter visão de longo prazo. Se for sacar no meio do caminho, a incidência de imposto vai ser muito alta”, relata a especialista. Para fundos de renda fixa, por exemplo, Annalisa recomenda fundos com taxas na casa de, no máximo, 1%, uma vez que a estratégia é mais simples.

Um dos grandes defeitos da previdência privada também é quando os fundos tem “estratégia engessada”, deixando assim o investidor fora de outras oportunidades que ele poderia ter acesso caso pesquisasse mais sobre o mercado financeiro.

Outro ponto que requer atenção do investidor é a tributação dos planos de previdência. Além dos 15% que já são pagos no momento que se resgata o plano de previdência, depois da declaração e ajuste de imposto de renda, serão cobrados mais 12,5%, chegando a um total de 27,5%. “A previdência entra na renda tributável do investidor, como um salário”, explica.

De modo geral, os fundos de grandes bancos não oferecem as melhores opções de taxas e pagamento, explica a especialista. O melhor que o investidor pode fazer é procurar uma seguradora independente, que costuma oferecer fundos com uma rentabilidade melhor. Lembrando que o fundo é uma estrutura financeira independente da seguradora que é distribuído e controlado com rígidas regras das autarquias responsáveis.

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