Preços dos títulos públicos têm queda de até 25,5% em 2021; taxas de prefixados disparam e chegam a 10,90% ao ano

Em 2021, todos os títulos disponíveis no Tesouro Direto registraram elevação das taxas oferecidas aos investidores - e, consequentemente, queda dos preços

Mariana Zonta d'Ávila

(Rmcarvalho/Getty Images)

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O ambiente marcado pelas incertezas relacionadas à Covid-19 e pela turbulência no ambiente doméstico, envolvendo o âmbito fiscal, contribuiu para perdas expressivas na rentabilidade bruta dos títulos públicos em 2021.

A maior aversão ao risco fez com que investidores vissem os prêmios de papéis negociados no Tesouro Direto aumentarem, como reflexo de uma exigência de retornos mais gordos para emprestar recursos para um governo sob pressão.

Títulos atrelados à inflação, que pagavam uma taxa próxima de 3,4% no início de 2021 (caso do papel com vencimento em 2035), encerraram o ano com prêmios na casa dos 5,30% ao ano.

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Nos prefixados, como o título com vencimento em 2024, as taxas oferecidas também aumentaram: de 6,4%, em fevereiro para cerca de 10,90% ao ano em dezembro.

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Vale destacar que em 2021 a taxa Selic saiu do menor patamar histórico, de 2% para 9,25% ao ano, maior patamar desde 2017.

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Enquanto o aumento das taxas pode ter aberto oportunidade para alguns, outros viram seus rendimentos acumulados no Tesouro caírem mês após mês. No último ano, todos os títulos atualmente disponíveis para compra no Tesouro Direto tiveram queda dos preços (e consequente alta das taxas).

De acordo com dados da B3, as baixas chegaram a 25,47% no papel Tesouro IPCA+ 2045 no acumulado do último ano. Quanto maior o prazo do papel, maior a imprevisibilidade do cenário, portanto é natural que as oscilações de preços sejam mais amplas. Em dezembro, o título recuou 1,06%.

Outra queda significativa nos títulos disponíveis para investimento recaiu sobre o Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2055. Em dezembro, o papel recuou 1,04% e em 2021, teve baixa de 11,54%.

Apesar da maior volatilidade, alguns títulos conseguiram se manter no campo positivo no último mês. Foi o caso do Tesouro Prefixado com vencimento em 2026, que teve valorização de 4,71% em dezembro. Mesmo assim, ele encerrou o ano com queda de 9,83%.

Vale lembrar, contudo, que as perdas apontadas só acontecem se o investidor decidir vender os papéis antecipadamente. Se carregá-los até o vencimento, a remuneração vai respeitar as taxas e as condições contratadas no momento de aquisição dos títulos.

Confira a seguir como se comportaram os títulos públicos disponíveis para novos investimentos em dezembro e no acumulado de 2021:

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