Poupança perde apelo e criptos sobem na preferência do investidor mais jovem

7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro mostra que brasileiros vêm apostando mais na diversificação

Lucas Gabriel Marins

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A poupança ainda é o investimento mais conhecido e usado pelos brasileiros, mas vem perdendo apelo entre os investidores, principalmente os mais jovens. Ao mesmo tempo, outros produtos do mercado financeiro, como criptomoedas e títulos privados, vêm ganhando cada vez mais espaço nas carteiras.

É isso que mostram novos dados divulgados na quarta-feira (3) como parte da 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha.

De acordo com o estudo, um quarto da população afirma ter recursos aplicados na poupança. Já criptoativos e títulos privados fazem parte das carteiras de 4% e de 5% dos brasileiros, respectivamente.

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“Apesar de a poupança ainda ser a opção mais lembrada e acessada, vemos ao longo dos anos uma proporção cada vez maior de pessoas mencionando e investindo em outros produtos. É, inclusive, uma tendência maior entre a população mais jovem”, disse Marcelo Billi, superintendente de sustentabilidade, inovação e educação da Anbima.

Os fatores que têm contribuído para o cenário, segundo o especialista, são a procura de investidores por aplicações mais rentáveis em momentos de queda de juros, a sofisticação do mercado financeiro e o crescimento do número de influenciadores digitais.

A pesquisa também mostrou que 37% da população investe em produtos financeiros, o mesmo percentual do ano passado. Segurança, retorno financeiro e liquidez foram apontadas como os principais motivos para investimento.

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No total, os pesquisadores ouviram 5.814 pessoas das classes A/B, C e D/E entre os dias 06 a 24 de novembro de 2023, nas cinco regiões do país. Na divisão por estrato social, metade dos brasileiros da classe A/B investem, 38% da C e 20% da classe D/E.

Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney