Por que 11 casas recomendam ter Bitcoin na carteira em novembro?

Todas as exchanges, gestoras de cripto e bancos de investimentos consultados pelo InfoMoney sugeriram manter a criptomoeda no portfólio

Lucas Gabriel Marins

(Foto: Pixabay)
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O Bitcoin (BTC) terminou com alta de 10% em outubro, reforçando a tese de que o “mês das crianças” costuma ser positivo para a cripto. Para novembro, a expectativa dos analistas é que a maior criptomoeda do mercado continue entregando um bom desempenho, apesar da possível volatilidade em meio as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Todo mês, o InfoMoney compila as carteiras recomendadas de diversas instituições. Das 11 casas consultadas – entre exchanges, gestoras de cripto e bancos de investimentos consultados -, todas sugeriram manter a criptomoeda no portfólio.

São três principais teses de investimentos no ativo digital: possível reação positiva após as eleições americanas, especialmente se Donald Trump – conhecido como pró-cripto – ganhar; queda de juros nos EUA, que costuma atrair mais dinheiro para ativos de risco; e aumento de interesse institucional.

O BTC, no entanto, não é o único criptoativo sugerido. Veja as 6 criptomoedas mais recomendadas por especialistas para novembro:

CriptomoedaNº de recomendaçõesRetorno acumulado (30 dias)
Bitcoin (BTC)1110%
Solana (SOL)712,40%
Ethereum (ETH)50,40%
Pendle (PENDLE)312,15%
Sui (SUI)26,50%
Stacks (STX)2-22%
Fontes: BTG Pactual, QR Asset, Empiricus, Nord Research, Mercado Bitcoin (MB), Bitget, Foxbit, NovaDAX, CoinEx, Empiricus e Hurst Capital.
Cotações: TradingView
Data de corte: 4/11/2024, às 1430

Bitcoin (BTC)

Luiz Pedro, especialista em cripto da Nord Research, disse que os principais impulsionadores da criptomoeda são a eleição nos Estados Unidos e o crescimento dos fluxos para os ETFs (fundos de índice), além da melhoria no cenário macro. “O BTC ainda deve ser o principal receptor de fluxo, e ter uma performance melhor que a grande média do mercado cripto.”

Para o BTG Pactual, os fluxos de entrada nos ETFs de BTC listados nos EUA, que somaram mais de US$ 5 bilhões no mês de outubro, “refletem uma crescente confiança no ativo, o que deve eventualmente se traduzir em valorização”. Já para Fernando Pereira, analista da Bitget, o Bitcoin pode valorizar se Trump ganhar “porque ele prometeu transformar os EUA na superpotência do Bitcoin“.

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Solana (SOL)

A Solana, a principal concorrente da Ethereum (ETH), é uma rede rápida e com taxas de transação muito mais baixas em comparação com outras concorrentes, o que tem atraído desenvolvidos de projetos e de memecoins, segundo Valter Rabelo, head de ativos digitais da Empiricus Research. “Todas essas narrativas alinhadas culminam no aumento de utilização da rede Solana, tornando o ativo SOL mais valioso.”

Ethereum (ETH)

Para o BTG, as plataformas de smart contracts (contratos inteligentes), como o Ethereum e também a Solana, seguem como a espinha dorsal do ecossistema cripto, possibilitando a criação de aplicações para finanças descentralizadas (DeFi). “Com crescimento robusto em adoção e desenvolvimento, o potencial de transformação dessas plataformas em diversas indústrias deve continuar atraindo demanda crescente”.

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Pendle (PENDLE)

O projeto continua a chamar atenção do segmento de tokenização de ativos reais, uma área que segue aquecida com o interesse de investidores, segundo César Félix, gerente de CX da exchange NovaDAX. “Mesmo com quedas recentes, a cripto atraiu baleias (grandes investidores) e se recuperou, seguindo uma linha de tendência ascendente que reflete a forte demanda do mercado.”

Sui (SUI)

Beto Fernandes, analista da exchange Foxbit, disse que a SUI recentemente renovou sua máxima histórica e que, apesar de o projeto ter passado por uma realização de lucros no momento, os dados da rede ainda são animadores. “O número de novas contas, por exemplo, voltou a crescer com intensidade, superando os 30 milhões de endereços. Já o TVL (quantidade de fundos depositados na rede pelos usuários) está em US$ 1 bilhão, mostrando que há projetos sendo desenvolvidos e utilizados na plataforma. O ponto mais ‘negativo’ da SUI é que o número de validadores ainda é ‘baixo’ em comparação com redes maiores”.

Stacks (STX)

O Stacks é uma proposta de segunda camada do Bitcoin – ou seja, que ajuda a dar escalabilidade na rede da criptomoeda. “A gente acha o Stacks interessante por estar fortemente correlacionado com o Bitcoin e porque está no ecossistema dele. Então também vemos o projeto com pontos positivos, já que a gente vê o Bitcoin como uma boa exposição para os próximos meses”, disse Rony Szuster, analista de pesquisa do Mercado Bitcoin (MB).

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Quer saber onde investir em novembro?

A cada início de mês, o InfoMoney reúne os investimentos mais recomendados por quem entende do assunto.

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