Os melhores investimentos para ganhar com a alta da Selic

O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 9,5% ao ano, dando continuidade ao ciclo de aperto monetário que já dura cinco reuniões. O que isso muda nos investimentos?

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a taxa Selic para 9,5% ao ano, na última quarta-feira (09), dando continuidade ao ciclo de aperto monetário que já dura cinco reuniões. A taxa básica de juros da economia começou a subir em abril deste ano, após um ciclo de afrouxamento monetário que durou mais de um ano e levou a Selic de 12,5% ao menor nível histórico, de 7,25%, em outubro de 2012.

Com a nova taxa, a remuneração da caderneta de poupança continua a ser definida de acordo com antiga regra, que dita uma rentabilidade de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a chamada TR (Taxa Referencial), que atualmente encontra-se muito próxima de zero. A nova regra deste tipo de investimento, que estava vigente até o dia 28 de agosto, ditava uma remuneração de 70% da Selic mais a TR. Isso vale apenas enquanto a taxa de juros estiver menor que 9% ao ano.

A poupança, mesmo rendendo o seu máximo possível, oferece uma rentabilidade muito baixa – apesar da segurança que oferece e da facilidade de aplicação e resgate – assim ficando atrás de outras opções do mercado de renda fixa, que também são beneficiados com a alta da Selic.

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As melhores opções
De acordo com o educador financeiro, Mauro Calil, a renda fixa, de maneira geral, fica melhor e mais atrativa. “As LCIs, LCAs, e os fundos DI, devem ficar com uma rentabilidade mais atrativa a partir de agora”, afirmou o especialista.

Já em relação aos Títulos do Tesouro, de acordo com ele, as LFTs, que são atreladas à taxa Selic, ainda continua sendo a melhor alternativa, visto que a taxa de juros continua em tendência de alta. “As LFTs são as melhores opções, ao contrário dos títulos pré-fixados, que perdem atratividade a partir de agora. Para quem já tem, é ótimo, mas para quem não tem, a dica é não entrar agora de forma alguma”, explicou.

Ainda segundo Calil, a taxa Selic vai chegar a 10% ainda neste ano e, no ano que vem, deve chegar a 11% ao ano. “Mas isso tudo depende de IPCA anualizado, pois, como é um ano eleitoral, inflação alta significa risco, então se ela estiver fora de controle, pode subir ainda mais”, finalizou.

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“Não adianta olhar só para a Selic, tem que olhar o todo”
O economista e especialista em investimentos e métodos quantitativos, Richard Rytenband, afirmou que não adianta olhar só para o movimento da Selic para tentar identificar os melhores investimentos. De acordo com ele, o certo é fazer uma avaliação da atividade econômica e da postura do BC, para identificar como tudo isso influencia o deslocamento da curva de juros.

Para ele, a poupança render de acordo com a regra antiga não importa muito, pois em qualquer investimento de renda fixa você tem que olhar o todo. “Tem que olhar a economia como um todo, a inflação e a curva de juros, pois é a partir disso que começa a ficar claro quais são os investimentos para começar a montar posição e os investimentos para evitar”, disse Rytenband.