Onde posso investir meu décimo terceiro e minhas economias?

Everson Lopes Stábile, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta

Tenho 24 anos, trabalho, e estudo. Desde os meus 17 anos gosto de ler e estudar sobre finanças e economia. Aos 18 anos fui para a bolsa de valores com R$ 800,00, valor que eu e um amigo juntamos para essa finalidade.

Nós fazíamos nossas próprias movimentações, comprávamos, vendíamos por conta própria. Estudamos e fizemos alguns cursos sobre bolsa de valores. Precisei usar minhas economias para a faculdade, e hoje juntei um novo montante: R$ 10 mil.

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Esse valor está investido no fundo VGBL do meu banco e que todo mês eu entro com um valor adicional, que sempre é no minimo de R$ 100.00. Agora entrará o decimo terceiro salário, e eu gostaria de saber como investir esse dinheiro, décimo e economias, de forma a gerar mais lucros.

Penso na bolsa de valores novamente, mas eu trabalho e não tenho tempo para administrar as minhas ações, penso também em abrir meu próprio negócio, mas não tenho muitas ideias. Gostaria de saber como começar a fazer o dinheiro a trabalhar para mim, ou pelo menos me auxiliar nesse sentido. Qual o melhor investimento para que esse auxílio comece a acontecer.

Leitor:  Rodrigo

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Resposta de Everson Lopes Stábile, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF

Caro Rodrigo,

Sua curiosidade e interesse pelo mercado financeiro, mais precisamente pelas negociações em bolsa de valores desde muito cedo lhe deu uma consciência financeira diferenciada. Parabéns pelo conhecimento adquirido.

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Observo que você tem apetite ao risco, não somente na bolsa, mas também na vontade de empreender, esse misto de sonho e projeto deve prevalecer em algum momento da sua vida. Você está no caminho certo, acumulando recursos e consciente de que ainda não encontrou o projeto ideal.

O investimento no VGBL hoje responde pela totalidade de seus recursos líquidos, merecendo uma pesquisa sobre algumas condições vigentes. Seria interessante verificar a taxa de carregamento sobre os aportes mensais, você pode, por exemplo, acumular o recurso fora do plano e realizar um aporte semestral ou anual, caso a taxa de carregamento para o aporte anual de R$ 1.200,00 seja menor do que o mensal de R$ 100,00.

Outro ponto a ser observado é a tabela de imposto de renda do plano, os produtos de previdência no Brasil possuem duas opções de tributação no momento da utilização dos recursos, um tabela progressiva de 15% à 27% que depende do valor utilizado e da renda auferida pelo titular no momento da utilização, e outra regressiva definitiva de 35% a 10% em função do prazo de permanência dos aportes no plano, que inicia em 35% e pode ser reduzida para 10% ao longo de 10 anos, alíquota menor do que os fundos convencionais que é de 15%. Hoje precisamos considerar muito o impacto do planejamento tributário nos nossos investimentos.

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Analise sua necessidade em contribuir para um plano PGBL, pois nesse caso você poderá abater as contribuições no imposto de renda devido pessoa física até o limite de 12% da renda bruta anual, existem diversos simuladores disponíveis na internet.

Para voltar ao mercado de ações, não necessariamente você precisa de dedicação integral, podendo aderir as carteiras sugeridas dos bancos ou corretoras, tanto para a compra direta de ações, como para alocação em fundos de investimentos em ações, que podem buscar replicar o Ibovespa ou mesmo outras estratégias, como a focada em empresas com bom histórico de distribuição de dividendos, ambos pensados por profissionais com dedicação integral e foco na rentabilização e proteção do patrimônio.

Sugiro alocar os novos recursos na proporção 70% renda fixa e 30% renda variável, utilizando dos fundos de instituições financeiras, pesquise o histórico de retorno, nível de risco e a taxa de administração dos fundos, escolha os mais interessantes e acompanhe o resultado mensal, revisitando a estratégia semestral ou anualmente.

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Everson Lopes Stábile é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Perguntas devem ser feitas no formulário http://www.infomoney.com.br/onde-investir/infomoney-responde-formulario-pergunta