Taxas de títulos prefixados caem na abertura desta quarta-feira

Mercado acompanha votação no Congresso; exterior segue animado com afirmações do presidente do banco central americano

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos prefixados negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda na abertura desta quarta-feira (5).

Além das discussões sobre a reforma da Previdência, uma possível votação na Comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso deve ficar no radar dos investidores, uma vez que o projeto visa liberar um crédito suplementar de R$ 249 bilhões ao governo federal e é tido como fundamental para cumprir a regra de ouro. Na prática, a regra proíbe o governo de se endividar para pagar despesas correntes, a não ser que haja uma autorização expressa do Congresso. 

No exterior, as bolsas americanas seguem em alta, com os mercados animados com as afirmações feitas ontem pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicando que o banco central dos Estados Unidos agirá “conforme apropriado” para sustentar o crescimento econômico. Também nesta quarta, o mercado acompanha a divulgação do Livro Bege do Fed, bem como a pesquisa da ADP, que acompanha a criação/destruição de vagas no setor privado da economia.

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No Tesouro Direto, o papel prefixado com vencimento em 2022 oferecia retorno de 6,86% ao ano, ante 6,91% a.a. no último pregão. Já o título com vencimento em 2025 pagava prêmio anual de 7,80% ao ano, ante 7,90% a.a. ontem. O investidor pode adquirir o título integralmente por R$ 658,45 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 32,92 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o investimento até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.

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As taxas dos papéis indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por sua vez, apresentam alta nesta manhã. O papel com vencimento em 2024 pagava retorno de 3,64% ao ano, ante 3,63% a.a. na véspera, enquanto os com vencimentos em 2035 e 2045 ofereciam rentabilidade de 3,93% ao ano, ante 3,89% a.a. na abertura de terça.

Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta quarta-feira:
Título Vencimento Taxa de Rendimento (a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 3,64% R$ 53,68 R$ 2.684,38
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,93% R$ 35,01 R$ 1.750,89
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,93% R$ 35,76 R$ 1.192,10
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,67% R$ 37,51 R$ 3.751,51
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,86% R$ 40,46 R$ 4.046,61
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 4,01% R$ 44,13 R$ 4.413,34
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,86% R$ 33,72 R$ 843,14
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,80% R$ 32,92 R$ 658,45
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 8,12% R$ 34,86 R$ 1.162,28
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 101,35 R$ 10.135,06

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).

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