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SÃO PAULO – Todo mundo sabe a importância de ter controle sobre a vida financeira para melhorar o estilo de vida, para realizar sonhos ou viver sem os desesperos do fim do mês. A década dos 20 aos 30 é crucial para começar dar os passos em direção a um futuro de sucesso.
Em entrevista ao InfoMoney, Fernanda Alves, assessora de investimentos da Praisce Capital, deu 5 dicas inteligentes do que fazer com a sua vida financeira antes de alcançar os 30 anos.
- 1. Aprender a conversar sobre dinheiro
- A assessora afirma que a primeira coisa a se fazer nessa década é definitivamente aprender a falar sobre dinheiro. “Sabemos que no Brasil não recebemos educação financeira, nem nas escolas e dificilmente em casa. Parte disso porque os pais da geração que tem até 30 anos viveram a hiperinflação que acabou desestimulando o planejamento para o futuro e incentivando muito o consumo da renda”, explica.
Segundo ela, as pessoas discutem pouco sobre finanças e é quase um tabu falar de dinheiro. “Muitas pessoas se dedicam com afinco em suas profissões e até perdem horas na internet em busca de boas promoções que farão economizar algum dinheiro, mas na hora de investir o fruto do trabalho optam pela opção mais conveniente – que geralmente não é a mais rentável”, afirma.
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Para muitos, o assunto “investimento” é chato e desinteressante sem saber que uma aplicação bem escolhida poderia fazer a pessoa se aposentar anos mais cedo, ou com uma renda consideravelmente maior, ou até mesmo trabalhar menos, pois menos recursos precisariam ser guardados se estivessem remunerando melhor.
Segundo ela, o sócio da Praisce Capital Antonio Marmo levantou um dado “interessante”. “Considerando o valor médio da renda dos clientes e dos volumes totais em aplicações financeiras, que são informados no cadastro, após 5 anos de assessoria financeira e fazendo investimentos em alternativas melhores, o ganho adicional para o cliente ofereceria uma rentabilidade equivalente à um 13º e 14º salário aos investidores”, explica. Mas muitas pessoas não têm ideia disso, porque não vão atrás de uma ajuda especializada para começar a investir.
- 2. Investir em cursos que alavanquem a carreira
É preciso ser um profissional qualificado para aproveitar as oportunidades que surgem. “Investir na carreira e qualificação profissional gera retornos no curto, médio e longo prazo. Na maioria das vezes precisamos estar prontos antes das oportunidades surgirem. Invista em bons produtos financeiros e também em você”, comenta Alves.
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- 3. Iniciar seu planejamento financeiro
Segundo ela, investir pensando na aposentadoria é algo raro entre os jovens, embora seja necessário. “É importantíssimo não subestimar o quão rápido o tempo passa e saber que na verdade ele é o maior aliado na multiplicação de patrimônio”, afirma. Existem três variáveis na formação de um patrimônio: valor aplicado, taxa de rentabilidade e o terceiro que é mais importante: tempo. “Quanto maior a disponibilidade de uma variável, menor a necessidade das outras. E o tempo passará para todos”, diz.
Ela sugeriu alguns exemplos. Veja:
Pessoa 1: guarda R$ 1 mil por mês por 30 anos com uma taxa de 20% ao ano;
Pessoa 2: guarda R$ 2 mil por mês por 25 anos com a mesma taxa de 20% ao ano;
“Ao final de 30 anos o aplicador 1 terá R$ 15 milhões, enquanto o aplicador 2 terá R$ 12 milhões. Ou seja, uma diferença de R$ 3 milhões, mesmo tendo aplicado a metade do valor por apenas 5 anos a mais”, afirma. A sugestão é começar o quanto antes.
- 4. Não comprar imóvel
O brasileiro tem a característica de comprar imóvel em função da ideia de segurança e estabilidade. Porém, segundo Alves, até os 30 anos a pessoa está crescendo profissionalmente e a renda muda muito. “Não é momento de fixar moradia, ou fixar o padrão de vida pois a renda deve aumentar bastante nesse período. O endereço do trabalho ou até a cidade da empresa pode mudar, e estar capitalizado para poder investir na carreira é importante”, explica.
Vale lembrar que o tempo é aliado do crescimento do patrimônio. Melhor atingir uma boa reserva financeira antes de pensar em comprar o primeiro imóvel, de acordo com a assessora. “Mesmo agora com juros baixos, o rendimento das aplicações supera o valor do aluguel. Então é mais adequado pensar em criar raízes quando estiver em uma fase mais consolidada da vida financeira e profissional”.
- 5. Ser um pouco mais arrojado
- Os investimentos em renda variável são muito adequados para quem pensa no longo prazo. “Portanto antes dos 30 separar uma fatia da carteira para ações pode ajudar muito a rentabilização dos investimentos. Sugiro escolher um bom fundo de ações ou multimercado com anos de performance de sucesso e dessa forma começar os investimentos em renda variável de maneira profissional”, afirma a professora.