As 5 atitudes que você precisa ter com seu dinheiro antes dos 30

A década dos 20 aos 30 é crucial para começar dar os passos em direção a um futuro de sucesso 

Giovanna Sutto

(Shutterstock

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SÃO PAULO – Todo mundo sabe a importância de ter controle sobre a vida financeira para melhorar o estilo de vida, para realizar sonhos ou viver sem os desesperos do fim do mês. A década dos 20 aos 30 é crucial para começar dar os passos em direção a um futuro de sucesso. 

Em entrevista ao InfoMoney, Fernanda Alves, assessora de investimentos da Praisce Capital, deu 5 dicas inteligentes do que fazer com a sua vida financeira antes de alcançar os 30 anos. 

  1. 1. Aprender a conversar sobre dinheiro
  2. A assessora afirma que a primeira coisa a se fazer nessa década é definitivamente aprender a falar sobre dinheiro. “Sabemos que no Brasil não recebemos educação financeira, nem nas escolas e dificilmente em casa. Parte disso porque os pais da geração que tem até 30 anos viveram a hiperinflação que acabou desestimulando o planejamento para o futuro e incentivando muito o consumo da renda”, explica.

Segundo ela, as pessoas discutem pouco sobre finanças e é quase um tabu falar de dinheiro. “Muitas pessoas se dedicam com afinco em suas profissões e até perdem horas na internet em busca de boas promoções que farão economizar algum dinheiro, mas na hora de investir o fruto do trabalho optam pela opção mais conveniente – que geralmente não é a mais rentável”, afirma. 

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Para muitos, o assunto “investimento” é chato e desinteressante sem saber que uma aplicação bem escolhida poderia fazer a pessoa se aposentar anos mais cedo, ou com uma renda consideravelmente maior, ou até mesmo trabalhar menos, pois menos recursos precisariam ser guardados se estivessem remunerando melhor.

Segundo ela, o sócio da Praisce Capital Antonio Marmo levantou um dado “interessante”. “Considerando o valor médio da renda dos clientes e dos volumes totais em aplicações financeiras, que são informados no cadastro, após 5 anos de assessoria financeira e fazendo investimentos em alternativas melhores, o ganho adicional para o cliente ofereceria uma rentabilidade equivalente à um 13º e 14º salário aos investidores”, explica. Mas muitas pessoas não têm ideia disso, porque não vão atrás de uma ajuda especializada para começar a investir. 

  1. 2. Investir em cursos que alavanquem a carreira

É preciso ser um profissional qualificado para aproveitar as oportunidades que surgem. “Investir na carreira e qualificação profissional gera retornos no curto, médio e longo prazo. Na maioria das vezes precisamos estar prontos antes das oportunidades surgirem. Invista em bons produtos financeiros e também em você”, comenta Alves. 

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  1. 3. Iniciar seu planejamento financeiro

Segundo ela, investir pensando na aposentadoria é algo raro entre os jovens, embora seja necessário. “É importantíssimo não subestimar o quão rápido o tempo passa e saber que na verdade ele é o maior aliado na multiplicação de patrimônio”, afirma. Existem três variáveis na formação de um patrimônio: valor aplicado, taxa de rentabilidade e o terceiro que é mais importante: tempo. “Quanto maior a disponibilidade de uma variável, menor a necessidade das outras. E o tempo passará para todos”, diz.

Ela sugeriu alguns exemplos. Veja: 

Pessoa 1: guarda R$ 1 mil por mês por 30 anos com uma taxa de 20% ao ano;

Pessoa 2: guarda R$ 2 mil por mês por 25 anos com a mesma taxa de 20% ao ano;

“Ao final de 30 anos o aplicador 1 terá R$ 15 milhões, enquanto o aplicador 2 terá R$ 12 milhões. Ou seja, uma diferença de R$ 3 milhões, mesmo tendo aplicado a metade do valor por apenas 5 anos a mais”, afirma. A sugestão é começar o quanto antes. 

  1. 4. Não comprar imóvel

O brasileiro tem a característica de comprar imóvel em função da ideia de segurança e estabilidade. Porém, segundo Alves, até os 30 anos a pessoa está crescendo profissionalmente e a renda muda muito. “Não é momento de fixar moradia, ou fixar o padrão de vida pois a renda deve aumentar bastante nesse período. O endereço do trabalho ou até a cidade da empresa pode mudar, e estar capitalizado para poder investir na carreira é importante”, explica.

Vale lembrar que o tempo é aliado do crescimento do patrimônio. Melhor atingir uma boa reserva financeira antes de pensar em comprar o primeiro imóvel, de acordo com a assessora. “Mesmo agora com juros baixos, o rendimento das aplicações supera o valor do aluguel. Então é mais adequado pensar em criar raízes quando estiver em uma fase mais consolidada da vida financeira e profissional”.

  1. 5. Ser um pouco mais arrojado
  2. Os investimentos em renda variável são muito adequados para quem pensa no longo prazo. “Portanto antes dos 30 separar uma fatia da carteira para ações pode ajudar muito a rentabilização dos investimentos. Sugiro escolher um bom fundo de ações ou multimercado com anos de performance de sucesso e dessa forma começar os investimentos em renda variável de maneira profissional”, afirma a professora.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.