Os 3 investimentos que podem deslanchar com a queda da Selic

A queda da taxa básica de juros não é necessariamente uma notícia ruim ao investidor; entenda como você pode aproveitar a Selic em baixa.

Equipe InfoMoney

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Em janeiro deste ano, o mercado teve sua primeira grande surpresa com o COPOM: a taxa básica de juros, a Selic, caiu 0,75 pontos percentuais, tendo uma queda acima da queda esperada pelo mercado. Com isso, muitos investimentos na renda fixa, que tinham taxas pré-fixadas, foram cobiçados, pois sabia-se que logo mais os seus rendimentos cairiam e era o momento de garantir taxas altas de juros.

De janeiro para cá a taxa Selic continuou caindo, e o que era surpresa antes, começou a ser esperado e precificado pelo mercado. Logo, as quedas na Selic perderam o seu grande impacto nos juros pagos pelos investimentos, e uma redução nos rendimentos pagos ao investidor que “pegou o bonde andando” se tornou uma realidade mais concreta.

Agora, com esse cenário, uma pergunta paira a cabeça de grande parte dos investidores: “quais investimentos continuam interessantes após as quedas na Selic?”. Para responder esta pergunta, preparamos uma lista com 3 investimentos que podem deslanchar com a queda na Selic. São eles:

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Ações

A bolsa de valores é uma das grandes beneficiadas não só pela queda da taxa de juros, mas pela mudança de panôrama nos índices ecônomicos brasileiros. Não é a toa que recentemente o Ibovespa – principal índice da bolsa de valores brasileira – bateu recorde ao romper 74 mil pontos, e hoje já está na casa dos 75 mil.

Em essência, podemos traduzir o ganho da bolsa de valores em três principais aspectos:

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1) Com a estabilidade dos índices econômicos, principalmente o IPCA, o risco-Brasil cai, trazendo mais confiança aos investidores sobre o futuro do país.

2) Juros baixos trazem uma das trocas mais básicas da economia: os investimentos em renda fixa perdem os seus altos retornos, e o investidor, para conseguir maiores retornos, precisa partir para aplicações que envolvem maiores riscos.

É interessante citar ainda que nessa troca há um adicional: se essa queda na taxa de juros vier seguida de um crescimento estável da economia, o grau de risco de endividamento por parte das empresas e das famílias tende a diminuir, e isso pode trazer os juros dos financiamentos para baixo. Com um “crédito barato”, a economia entra em maior capacidade de consumo e começa a crescer substancialmente, o que beneficia as empresas e, consequentemente, o mercado acionário.

Por isso, a bolsa de valores brasileira tende a crescer muito ainda, principalmente se o panôrama econômico brasileiro continuar apresentando notícias positivas.

NTN-B

É possível que o leitor esteja se perguntando agora porque a NTN-B (também chamada de Tesouro IPCA), pode estar interessante sendo que ela também foi impactada pela queda da taxa de juros.

Bom, mesmo que isso seja verdade e que a taxa real do investimento tenha efetivamente caído, a NTN-B pode ser um diferencial por 2 pontos:

1) A taxa real da NTN-B está ainda razoável

2) Ainda há margem para ter ganhos com o ágio do investimento

E essa parte do ágio é fundamental. Como explica Thiago Nigro, criador do canal O Primo Rico e entusiasta do Código da Riqueza, a contínua queda dos juros tende a favorecer a venda antecipada do Tesouro IPCA: “No tesouro IPCA temos uma relação inversa entre taxa de juros e o preço do investimento. Como o valor que 1 unidade do tesouro IPCA terá ao fim da aplicação é fixado em R$1000, uma redução da taxa de juros significa que o investimento precisará de uma taxa menor para chegar a R$1000, e por isso o preço da unidade acaba subindo. Sendo assim, com uma elevação do preço da unidade, um resgate antecipado – que consiste em uma revenda ao tesouro – pode garantir um rendimento acima do esperado na aplicação, por conta do investidor estar vendendo a sua unidade do tesouro por um valor maior pela qual foi adquirida”.

O Código da Riqueza será uma série, em quatro capítulos, totalmente gratuita sobre dinheiro, investimentos, negócios e empreendedorismo e você pode saber mais clicando aqui.

Como ainda haverá mais quedas na Selic, e com mudanças na necessidade de dinheiro por parte do governo, as taxas da NTN-B podem mudar e garantir um lucro a mais ao investidor. Vale lembrar, porém, que o mercado precifica o futuro, então ganhar por meio de um resgate antecipado no tesouro é uma possibilidade, e não uma realidade concreta.

Fundo Multimercado

Um investimento direto em ações ou uma estratégia diferenciada no Tesouro Direto pode assustar muita gente, é verdade. Para quem é mais conservador fica difícil ter uma flexibilidade maior com riscos, mesmo sabendo que é necessário se expor à estes riscos para se conseguir maiores rentabilidades.

A boa notícia é: a solução para esse problema existe, e são os fundos multimercados.

Os fundos multimercados são a opção para o investidor que está disposto a ter um risco maior em sua carteira, mas que acredita que não tem conhecimento ou coragem de investir por si próprio. Assim, ao investir em um fundo multimercado, o investidor passa a responsabilidade do investimento a um gestor profissional, do qual terá a função de usar o dinheiro dos investidores para montar a carteira de ativos do fundo, e, assim, conseguir um rendimento apropriado ao objetivo do fundo.

Como os fundos multimercados possuem flexibilidade, você pode encontrar desde fundos multimercados que são tão conservadores quanto fundos de renda fixa, a até mesmo fundos multimercados que investem pesado em renda variável.

Nesse sentido, o investidor pode escolher qual fundo faz mais sentido a ele, mas a dica é analisar os fundos macros. Os fundos multimercados considerados “macro” são os fundos que possuem suas estratégias pautadas no cenário macroeconômico do país, e, por isso, tendem a ser opções com possibilidades de ganho bem interessantes quando o cenário econômico do país está em mudança.

O problema, nesse caso, é que o retorno do fundo acaba dependendo da estratégia traçada pelo gestor do fundo. Por isso, é bom estudar não só os ativos do fundo, mas também como o seu gestor.

Em breve, Thiago Nigro e sua equipe vão lançar o maior documentário sobre finanças e prosperidade já produzido no Brasil. Inscreva-se para receber o documentário de graça