Fundos de ações de emergentes registram fraca captação líquida na semana

Fundos da América Latina tiveram maior sequência de fluxo positivo desde 2010, apesar do mau desempenho de Brasil e Colômbia

Marcel Teixeira

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SÃO PAULO – Os fundos de ações de países emergentes cobertos pela EPFR Global mostraram um desempenho mais tímido pela segunda vez seguida na semana terminada em 22 de fevereiro, com os investidores priorizando a realização de lucros e digerindo os efeitos do aumento do preço do petróleo para os EUA e as chances de uma recessão na Zona do Euro, acredita a consultoria.

Desta forma, o fluxo positivo para os fundos de ações emergentes atingiu sua menor marca em oito semanas, segundo relatório divulgado pela EPFR nesta sexta-feira (24). Já os fundos diversificados GEM (Global Emerging Markets) registraram sua primeira saída líquida de capital desde a metade de dezembro. A captação acumulada em 2012, no entanto, segue em US$ 18,5 bilhões, frente ao resgate líquido de US$ 13 bilhões no mesmo período do ano passado, mostra a EPFR.

Fundos regionais
Entre os fundos de ações regionais, aqueles relacionados ao continente asiático, com exceção do Japão, apontaram entrada de investimentos pela sétima semana seguida, apesar da queda de apetite por exposição à China e o resgate líquido acima da média dos fundos de Taiwan, segundo a EPFR Global.

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Os fundos de ações EMEA (Oriente Médio, Leste Europeu e África) também tiveram boa captação, principalmente por conta dos fundos da Rússia, por conta das tensões no Oriente Médio que impulsionaram os preços do petróleo para seu maior nível nos últimos nove meses.

Brasil e Colômbia destoam da América Latina
Os fundos da América Latina, por sua vez, apontaram saldo positivo de captação pela sexta semana seguida. Estes fundos atingiram a maior sequência de fluxo positivo desde o último trimestre de 2010, apesar dos resgates líquidos daqueles relacionados ao Brasil e à Colômbia.

A EPFR afirma que o fraco desempenho dos fundos brasileiros se deve à fraca temporada de resultados e os receios de uma retomada da inflação. Já no caso colombiano, a consultoria também aponta preocupações inflacionárias, além dos ataques de guerrilha à infraestrutura energética do país como as principais causas para que os fundos de ações do país registrassem a pior semana de captação em três anos.