“Juros e Moedas” registram pior captação entre fundos multimercados em novembro

De acordo com dados da Anbima, a captação líquida (diferença entre depósitos e saques) destes fundos ficou negativa em R$ 6,475 bilhões

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Apesar da alta do dólar em novembro – a moeda norte-americana valorizou 6,44% no mês passado –, os investidores preferiram sair dos fundos multimercados Juros e Moedas no penúltimo mês do ano.

De acordo com dados da Anbima, a captação líquida (diferença entre depósitos e saques) destes fundos ficou negativa em R$ 6,475 bilhões em novembro. No ano, as retiradas superaram as aplicações em R$ 17,715 bilhões.

Segundo dados da entidade, mesmo com a alta do dólar em novembro, a rentabilidade dos Juros e Moedas foi a pior entre os multimercados – 0,82%, ante 1,76% dos fundos multimercado Multiestratégia.

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Para o especialista da MoneyFit, André Massaro, os investidores estão bastante cautelosos com aplicações que envolvem moeda estrangeira. “Ainda há muita incerteza e não há uma tendência muito clara em relação a valorização do dólar no longo prazo”, diz.

Os fundos classificados como “Juros e Moedas” buscam retorno no longo prazo por meio de investimentos em ativos de renda fixa, mas admitem estratégias que impliquem risco de juros, risco de índice de preço e risco de moeda estrangeira.

Fundos cambiais
Na mesma linha, a captação dos fundos Cambiais também ficou negativa no mês passado. Nesta classe de fundos, as aplicações totalizaram R$ 28,6 milhões, enquanto as retiradas somaram R$ 63,6 bilhões, resultando em uma captação líquida negativa de R$ 35 milhões.

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Pelas regras da Anbima, os fundos Cambiais aplicam pelo menos 80% de sua carteira em ativos em dólar ou euro, por meio de derivativos – ou seja, operações efetuadas no mercado futuro.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip