Menor volatilidade favorece o desempenho da indústria de fundos em julho

Em sua publicação mensal Panorama, a Anbima afirma que apesar da melhora observada em julho, não é possível projetar ainda uma recuperação consistente

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A menor volatilidade dos indicadores favoreceu o desempenho da indústria em julho, afirmou a Anbima (Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em sua publicação mensal Panorama. A associação destacou as altas dos fundos de ações do tipo FMP-FGTS, que foram estimulados pela elevação das ações da Vale e da Petrobras no período e resgistraram a maior alta da indústria no período, com 5,14%.

A publicação ressaltou, no entanto, que não é possível prever um futuro mais positivo para a indústria de fundos apesar dos bons resultados em julho. “Apesar da melhora ocorrida em julho, as incertezas do cenário econômico, que afetaram negativamente o desempenho de boa parte dos fundos de investimento e que podem ser sintetizadas nas perdas acumuladas no ano pelo IMA-Geral (-1,53%) e pelo Ibovespa (-20,87%), ainda não permitem projetar uma recuperação consistente para os próximos meses”, ressalta a Anbima.

Outro destaque foram os fundos Long And Short Direcional e Neutro, que continuam com boa rentabilidade acumulada no ano, registrando altas de 6,48% e 6,08%, respectivamente. Esses fundos se utilizam de estratégias provenientes da diferença entre posições compradas e vendidas no mercado de renda variável.

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A boa rentabilidade dos principais fundos no sétimo mês do ano não se refletiu na captação líquida, que ficou negativa em R$ 2,1 bilhões em julho. “O resultado, que não refletiu as melhores condições do mercado, foi influenciado por resgates líquidos de R$ 8,5 bilhões na categoria Renda Fixa e de R$ 3,9 bilhões na categoria Curto Prazo, ambos concentrados em fundos pertencentes a clientes do Poder Público”, afirmou a Anbima.

Em relação à distribuição do PL (Patrimônio Líquido) da indústria de fundos o destaque é o aumento da participação do Poder Público, que foi de 6,4% no final de 2010 para 10,2% em junho de 2013. O clientes institucionais continuam liderando o PL, com 39%, seguidos pelo Varejo e Corporate, ambos com 15%.