Mais investidores querem elevar posição em ações, mas interesse por Tesouro Direto e renda fixa ainda é alto

Levantamento da XP com 200 assessores de investimentos mostra que expectativa é de que Ibovespa encerre o ano aos 123 mil pontos

Equipe InfoMoney

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Mais investidores pretendem aumentar as aplicações em renda variável, segundo levantamento realizado pela XP junto a 200 assessores de investimentos. A maior parte deles, no entanto, segue com uma alocação considerada pequena em ações e ainda demonstra forte interesse por investimentos de renda fixa, como os títulos públicos negociados no Tesouro Direto.

Segundo o levantamento, realizado nos últimos dias e referente às posições de setembro, os assessores afirmam que 65% dos seus clientes possuem até 25% de alocação em renda variável atualmente. O percentual dos assessores que disseram que os investidores querem diminuir a exposição à Bolsa foi de 10%, 13 pontos percentuais abaixo do número verificado na edição anterior da pesquisa. 57% querem manter as aplicações nessa classe de ativos, enquanto 34% pretendem aumentá-las – número 17 pontos acima do levantamento referente a agosto.

Dos assessores consultados, 49% acreditam que o Ibovespa terminará 2022 entre 120 mil e 130 mil pontos, um avanço de 6 pontos percentuais em relação ao levantamento de agosto. 32% estimam que o índice fechará o ano entre 110 mil e 120mil pontos e 11%, entre 130 mil e 140 mil pontos. A média dos palpites foi de 123.582 pontos, um aumento em relação a agosto, quando a média tinha ficado em 122.473 pontos.

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Por outro lado, 78% dos assessores apontam que seus clientes estão demonstrando maior interesse por Tesouro Direto e renda fixa, seis pontos percentuais acima da pesquisa de agosto. Os fundos imobiliários foram mencionados por 67%, os fundos de renda fixa por 61% e os Multimercado, por 57%. Os investimentos internacionais chamam atenção de 25%, enquanto 23% dão destaque para os fundos de renda variável e 17%, para os criptoativos. O ouro foi mencionado por 4%.

“Em setembro, vimos a volatilidade seguir elevada nos mercados internacionais. Já as ações brasileiras continuaram a superar os mercados globais no mês passado: em reais, o Ibovespa subiu levemente em 0,5% e, em dólares, caiu 3,6%”, aponta o levantamento.

Em relação aos riscos, o destaque é a desaceleração econômica, mencionado por 39% dos respondentes da pesquisa, o que representa um aumento de 14 pontos percentuais em relação ao levantamento de agosto. Riscos relacionados às eleições presidenciais foram vistos como a segunda maior preocupação, citados por 24% dos participantes, seguido do aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, com 16%.