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LCI: isenta de IR, aplicação atrai investidores em busca de maior rentabilidade

Aplicação é procurada por quem busca diversificar o portifólio, visando um retorno interessante, aliado ao baixo risco

Patricia Alves

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SÃO PAULO – Aliar segurança com maior rentabilidade. Esse é o objetivo dos investidores que buscam alternativas mais atrativas de aplicações de renda fixa.

As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) têm atraído os investidores, por conta de seu caráter conservador e de baixo risco, mas com uma rentabilidade maior do que muitas alternativas mais tradicionais, principalmente por conta da isenção do Imposto de Renda, na fonte e na declaração, para os investidores pessoa física.

Entenda o investimento

Diferentemente das Letras Hipotecárias, lastreadas em hipotecas, as LCIs podem ser lastreadas em créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de bem imóvel.

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O que isso significa? De maneira mais simples, significa que as instituições financeiras autorizadas a emitirem LCIs usam parte de suas carteiras de créditos imobiliários como garantia para uma aplicação que pode ser oferecida a seus clientes. Os recursos aplicados, por sua vez, são direcionados para financiamentos habitacionais.

Assim, as Letras de Crédito Imobiliário são vistas em todo o mundo como um investimento de baixo risco, pois têm garantia real, que é o imóvel financiado com seus recursos.

O perfil do investidor

De acordo com Vitor Bidetti, diretor da Brazilian Mortgages, primeira companhia hipotecária independente no mercado, qualquer pessoa física ou jurídica pode optar por este tipo de aplicação, desde que tenha o valor mínimo disponível exigido pelas instituições.

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“Hoje, a partir de R$ 20 mil ou R$ 30 mil é possível entrar neste mercado”, afirmou Bidetti. Segundo ele, a média da instituição é de aplicações em torno de R$ 200 mil ou R$ 300 mil.

Segura, a aplicação tem atraído, segundo o especialista, o típico investidor brasileiro. “As LCIs são procuradas por aqueles com perfil mais conservador, que buscam diversificar o portifólio, visando um retorno interessante, aliado ao baixo risco”, definiu Bidetti.

Quanto ao prazo, segundo Vitor, o montante deve ficar aplicado por, no mínimo, dois meses. “Não existe um prazo máximo, pois depende do lastro da instituição, mas a maioria dos investimentos gira em torno de 2 a 12 meses”. Segundo ele, é até possível oferecer um prazo maior, “mas não é comum o investidor querer um papel tão longo e é essa liquidez que também chama a atenção dos investidores”.

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Vantagens e riscos da aplicação

As LCIs conferem aos seus tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária.

Frente a alternativas, como fundos de renda fixa e CDB, a isenção de imposto de renda é o que torna o investimento em LCIs mais atrativo. “Uma LCI, num prazo de 180 dias, que promete rendimento de 90% do CDI, garante esses 90%. Para um CDB com a mesma rentabilidade líquida, seria necessário um rendimento bruto de 116,13%, ou seja, praticamente impossível de encontrar”, exemplificou, de acordo com a tabela abaixo:

Prazo CDI líquido IR (alíquota) Taxa bruta equivalente
Até 180 dias 90% 22,5% 116,13%
De 181 a 360 dias 90% 20% 112,50%
De 361 a 720 dias 90% 17,50% 109,09%
Acima de 720 dias 90% 15% 105,88%

Fonte: Banco Ourinvest

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Além disso, a liquidez e o baixo risco são outros diferenciais.

“O único risco da aplicação, por conta de ser um título privado, é o de a própria empresa ter problemas”, explicou Bidetti. “No entanto, a instituição só pode emitir letras com base em lastros de créditos já desembolsados, ou seja, um limite que dá segurança ao investidor”, completou.