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As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em forte alta na tarde desta quarta-feira (27), após retomada das negociações, que haviam sido suspensas devido à alta volatilidade dos juros. A suspensão é um procedimento padrão do Tesouro Nacional em momentos de grande oscilação das taxas, visando proteger o mercado de movimentos bruscos e desordenados.
Os papéis voltaram a ser negociados às 15h31 com disparada nas taxas, com o título de inflação com vencimento em 2035 pagando o maior retorno do ano, a 7,05% por ano de juro real. Entre os prefixados, o título com vencimento em 2027 ia a 13,61% ao ano, e o de 2031, a 13,40%, também os maiores patamares de 2024.
As taxas e preços dos títulos têm uma relação inversa. Com a alta dos juros, os preços dos papéis caem, o que pode representar perdas momentâneas para quem já possui os títulos.
O movimento de hoje ocorre em meio a rumores de que o governo pode incluir a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil no pacote de cortes de gastos, o que gerou preocupação no mercado. Analistas apontam que tal medida poderia reduzir a eficácia do pacote, já que, ao mesmo tempo que corta despesas, abriria mão de receitas.
Em reação à expectativa, o dólar também disparou e bateu R$ 5,90.
Pacote fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará o anúncio das medidas em pronunciamento nesta quarta-feira, às 20h30.
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Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros no Palácio do Planalto para tratar do tema. À tarde, Haddad também convidou os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, para discutir as medidas.
Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto nesta quarta-feira (27), na atualização das 15h31:
