Aplico na poupança para comprar uma casa após as Olimpíadas no Rio; estou certo?

Letícia Camargo, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Tenho R$ 270 mil na poupança e pretendo utilizá-la na compra de um imóvel após os eventos esportivos que acontecerão no Rio de Janeiro, ou seja, começarei a procurar um imóvel para comprar a partir de 2017. A aplicação está adequada ou devo revê-la?

Leitor: Alexandre

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Letícia Camargo, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF:

Se sua intenção é comprar um imóvel daqui a 3 anos, a sua poupança já está comprometida, já tem um destino certo e sendo um curto período de tempo, não seria indicado correr riscos com este valor. Pois em caso de queda no mercado, não daria tempo suficiente para a recuperação.

Uma sugestão seria procurar no seu banco, Fundos de Investimento DI com baixas taxas de administração, de até 1%. Estes fundos estão rendendo atualmente mais do que a poupança e como você só irá resgatar este dinheiro em 3 anos, já se enquadraria na alíquota mais baixa de imposto de renda. O dinheiro que você conseguir poupar mensalmente poderá ser aplicado neste fundo também.

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Se for financiar o imóvel, esta pode ser uma ótima oportunidade para utilizar o saldo do seu FGTS* (que rende apenas 3% ao ano mais a TR), para dar como entrada. Mas para isto, o valor do imóvel deverá ser de até R$ 750 mil.

Porém, o financiamento, em geral, tem algumas restrições, como o valor máximo da parcela, que poderá ser de até 30% da renda de quem está comprando o imóvel e a necessidade de dar como entrada de 10% a 20% do valor do imóvel.

Mas, lembre-se de guardar uma quantia para a reserva de emergências que deverá ser de pelo menos 6 vezes seus gastos mensais e um montante para o pagamento do ITBI, da reforma, e da decoração e ainda não se esqueça dos valores que serão gastos com a mudança.

* Para maiores detalhes de como utilizar o seu FGTS para a moradia, clique aqui:

http://www.fgts.gov.br/perguntas/trabalhador/pergunta46.asp

Letícia Camargo é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos…

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento.

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos.

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes.

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis.

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações.

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas.

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você!

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF