Tenho 54 anos e invisto tudo em previdência com renda variável; devo manter?

Leitor tem 54 anos e, mesmo aposentado, investe pensando no longo prazo

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Tenho todo patrimônio investido na Previdência Privada, em fundos que aplicam até 49% em renda variável. Esta reserva é para longo prazo. Tenho 54 anos. Sou aposentado e continuo trabalhando. Devo manter este investimento, uma vez que os rendimentos são positivos e negativos de acordo com a variação do índice Ibovespa?

Leitor: Osvaldo

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Resposta de Mariana Orosco, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF:

Osvaldo,

Primeiro é preciso saber com quantos anos desejar se aposentar para sabermos a quantidade de meses de contribuição, quanto gostaria de ter como aposentadoria para calcularmos o valor do aporte mensal para atingir seu objetivo e definir antecipadamente qual o regime de tributação: progressivo ou regressivo que seria mais vantajoso. Depois identificar seu perfil através do questionário de análise do perfil do investidor para saber se realmente é agressivo e manter o investimento em uma previdência que contem 49% em renda variável ou migrar para uma com perfil moderada ou até mesmo conservadora.

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Além disso recomenda-se investir em previdência da modalidade PGBL caso declare seus imposto de renda da forma completa, pois contará com dedução de 12% até o limite de sua renda bruta anual caso realize contribuições para o INSS. Se realiza sua declaração de imposto de renda da forma simplificada, o VGBL é o mais indicado pois terá sua tributação apenas sobre o lucro do investimento diferente do PGBL que é tributado sobre o valor total.

Além disso investir todo patrimônio em Previdência com 54 anos é um pouco arriscado no que tange a liquidez. É importante sempre deixar um recurso para emergências, pois se precisar do capital ele pode demorar para se tornar disponível.

Referente às oscilações, como você define que é um investimento para longo prazo,  não prenda-se a elas. Aproveite-as! Mantenha regularidade de investimentos já que você trabalha e direcione parte de seu salário para aportes mensais aproveitando assim todos os momentos da bolsa, principalmente quando ela esta em baixa.

Vale ressaltar que é possível a negociação e até mesmo isenção da taxa de carregamento, que é uma taxa paga sobre cada aporte realizado potencializando assim  o retorno de seus investimentos.

Mariana Orosco é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br