Inadimplência de FIDCs mostra melhora em janeiro e ano deve ser positivo para classe, diz Multiplike

Segundo Volnei Eyng, CEO da Multiplike, um dos destaques têm sido a originação de recebíveis novos, que está com boa qualidade

Bruna Furlani

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Após ver um aumento da inadimplência em alguns meses do ano passado, o percentual de títulos vencidos em relação à carteira total de fundos de direitos creditórios (FIDCs), que recentemente passaram a ser ofertados para investidores comuns, apresentou estabilidade em janeiro, ao bater 12,38%, contra 12,25% em dezembro do ano passado.

Os dados fazem parte de estudo do Índice Multiplike de Devedores (IMD) e que foram antecipados ao InfoMoney nesta quarta-feira (28). A casa divulga mensalmente a inadimplência média da indústria de FIDCs do tipo multicedente/multissacado.

Segundo Volnei Eyng, CEO da Multiplike, é possível perceber uma melhora das carteiras da indústria em janeiro, com destaque para a originação de recebíveis novos que tem sido de “ótima qualidade”.

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Também houve baixa variação no estudo com base nas faixas de vencimento dos direitos creditórios. Do total de títulos vencidos, o percentual de papéis com atraso de até 30 dias dentro dos fundos, caiu de 34,55%, em dezembro, para 34,14% em janeiro.

A Multiplike, por exemplo, apresenta uma inadimplência sobre a carteira de direitos creditórios abaixo da média, com um percentual de 1,37% de vencidos, sendo que, do total, 98,5% são de títulos vencidos há menos de 30 dias.

Um recuo um pouco mais expressivo foi visto entre os títulos vencidos entre 91 e 180 dias, que viram o percentual passar de 11,35%, em dezembro, para 10,10% em janeiro.

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As dívidas acima de seis meses já estão descontadas do patrimônio dos fundos, em obediência à política de Provisão de Devedores Duvidosos (PDD), que funciona como uma estimativa de perda que pode ocorrer devido ao não recebimento, parcial ou total, de um fluxo de caixa esperado de um ativo de crédito.

Já para os títulos vencidos acima de 360 dias — quando a recuperação do crédito já fica mais difícil — ocorreu um leve aumento, com o percentual saindo de 15,85%, para 16,45%, mas que não foi visto com preocupação pela casa.

Após um ano de maiores dificuldades, a perspectiva para 2024 é de melhora. “O ano será bastante positivo, dado que diminuíram muito as dívidas vencidas no curto prazo”, concluiu o CEO.