Goldman Sachs recomenda aproveitar baixas para comprar ações

“Existe o risco de uma correção, mas sem uma inflexão de mercado baixista", dizem os estrategistas do banco

Bloomberg

Publicidade

(Bloomberg) — Embora o risco de uma correção dos índices acionários seja cada vez mais alto, as medidas de estímulo e a natureza da crise econômica tornam improvável um mercado baixista, disseram estrategistas do Goldman Sachs, que recomendaram aproveitar qualquer período de queda para comprar ações.

Em vez de prever um território baixista, estrategistas do Goldman liderados por Peter Oppenheimer disseram em relatório que o mercado está nos estágios iniciais de uma fase altista após uma recuperação “explosiva” liderada pelos valuations de ações, que tende a começar em recessões e marca o início de um novo ciclo.

“O mercado está subindo com as boas notícias, mas optando por ignorar em grande parte os dados mais fracos e as taxas de infecção crescentes”, escreveram os estrategistas na terça-feira. “Existe o risco de uma correção, mas sem uma inflexão de mercado baixista.”

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Os índices acionários globais subiram mais de 70% desde a onda vendedora provocada pelo coronavírus em março do ano passado, atingindo um recorde no início do mês com as apostas de recuperação econômica impulsionada pelas vacinas e maiores estímulos nos EUA.

A forte retomada é “quase idêntica” à recuperação em relação à mínima na crise financeira em 2009, que foi seguida por uma correção, observa o Goldman.

O índice MSCI All-Country World registrou forte rali desde a mínima de março de 2009, antes de entrar em correção em maio do ano seguinte. Ainda assim, desta vez as circunstâncias são diferentes, disse o Goldman.

Continua depois da publicidade

Enquanto a crise financeira global gerou um “mercado baixista estrutural”, a recessão e a onda vendedora provocadas pelo coronavírus foram guiadas por eventos, segundo o banco.

“A velocidade e escala sem precedentes do suporte de políticas durante a pandemia, pensado para reduzir o risco de cicatrizes de longo prazo, também reduziram os riscos de cicatrizes estruturais e riscos de cauda para os investidores, permitindo-lhes ‘olhar além’ da crise rumo a uma recuperação”, escreveram os estrategistas.