Gestor de US$ 3,8 bi troca China por ações da América Latina

Segundo Noah Blackstein, da Dynamic Funds, a troca não tem relação com a guerra comercial entre China e EUA, mas com mudanças regulatórias no país asiático

Bloomberg

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(Bloomberg) — Um gestor de fundos com desempenho acima da média reduziu suas participações em empresas chinesas e comprou ações da América Latina, mas não por causa da disputa comercial Estados Unidos-China.

“Não acredito que o que esteja pesando sobre as ações chinesas seja a guerra comercial”, disse Noah Blackstein, que administra C$ 5,1 bilhões (US$ 3,8 bilhões) na Dynamic Funds, uma unidade do Bank of Nova Scotia. “O que mudou na China no ano passado foi o ambiente regulatório.”

O maior controle sobre novos videogames e redes sociais são apenas dois exemplos de mudanças regulatórias inesperadas que tiveram um impacto “material” no lucro de empresas chinesas no ano passado, disse Blackstein, de 49 anos, que reduziu sua exposição em ações de empresas como Alibaba Group e Tencent Holdings como resultado.

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Blackstein administra C$ 1,4 bilhão do fundo Dynamic Power Global Growth Class, que superou 1.083 pares globais com ativos de mais de US$ 100 milhões, proporcionando um retorno de 388% na última década, segundo dados compilados pela Bloomberg. O fundo mostra retorno de 26% este ano, colocando-o no 96º percentil entre seus pares, enquanto seu Dynamic Power American Growth Fund está no 99º percentil entre seus concorrentes nos EUA com retorno acumulado no ano de 28%.

O gestor veterano disse que adota uma abordagem ascendente e está mais interessado no potencial individual de crescimento das empresas do que nas perspectivas macroeconômicas. Atualmente, ambos os fundos têm um forte peso no setor de tecnologia.

América Latina

Blackstein vê oportunidades de investimento no setor de pagamentos da América Latina com ações como as do MercadoLibre, com sede em Buenos Aires, e da brasileira PagSeguro Digital, cujo preço dos papéis dobrou este ano. “Lugares como o Brasil têm pouca bancarização”, disse. No longo prazo, Blackstein espera que as empresas de tecnologia resolvam o problema de pessoas sem acesso a serviços bancários na América Latina e nos EUA, eliminando o mercado do empréstimo consignado no processo.

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