Por que você está sabotando seus próprios investimentos

Volatilidade das eleições atrapalha a rentabilidade de alguns mercados, mas seu próprio comportamento também é o culpado  

Paula Zogbi

Publicidade

SÃO PAULO – Para muitos brasileiros, um cenário em que seus próprios candidatos não vençam as eleições parecem o fim do mundo. Graças a esta exacerbação, muitos estão tomando decisões equivocadas financeiramente – a níveis ainda mais elevados que o normal.

No programa Fundos Imobiliários desta sexta-feira (14), o professor do InfoMoney Educação Arthur Vieira de Moraes recebe a professora de economia e especializada em finanças comportamentais Paula Sauer para comentar o assunto.

Com carreira no Ibmec, a especialista estuda os efeitos do emocional em todos os momentos que exigem decisões financeiras. Em momentos de grande volatilidade macroeconômica, esta tendência tende a se exacerbar – e as redes sociais ampliaram os efeitos desse sentimento apocalíptico. 

GRATUITO

CNPJ DE FIIS E AÇÕES

Para informar FIIs e ações no IR 2024 é preciso incluir o CNPJ do administrador; baixe a lista completa para facilitar a sua declaração

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Para os especialistas, porém, é necessário lembrar que eleições ocorrem consistentemente a cada 4 anos, e normalmente não são capazes de abalar significativamente bons investimentos com bases sólidas. Considerando principalmente investimentos de longo prazo, não faz sentido deixar de confiar em apostas feitas com bom embasamento pelo crescimento ou queda de determinado candidato nas pesquisas eleitorais.

Imóveis vs. FIIs

Para além do momento conturbado, o emocional do brasileiro sempre foi um fator gerador de más escolhas no âmbito dos investimentos imobiliários.É por conta do emocional que a maioria dos brasileiros opta por comprar imóveis de tijolo ante fundos imobiliários, por exemplo, sem levar em conta as vantagens da segunda categoria.

Continua depois da publicidade

“Se eu falo que tenho um apartamento, você vê. Mas um fundo imobiliário você não entende”, diz Sauer. “Também tem o [aspecto] cultural de olhar o imóvel como algo conservador, sólido, de família”, diz. “Mas tem risco de liquidez, de desvalorização. Questões que envolvem imóveis e você consegue minimizar com fundos imobiliários”, menciona a especialista.

Quer investir bem apesar das eleições? Abra uma conta na XP.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney