Após queda de juros, fundos multimercados e de ações superam os de renda fixa em 2018

Captação líquida da indústria no primeiro trimestre de 2018 foi de R$ 49,9 bilhões

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A queda das taxas de juros tem feito com que o investidor brasileiro se movimente cada vez mais, optando por correr maior risco na busca por melhores rentabilidades. E isso pode ser observado na indústria de fundos, que registrou pela primeira vez um aumento de captação no segmento de ações e multimercados em comparação com os fundos de renda fixa.

De acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), a captação líquida da indústria no primeiro trimestre de 2018 foi de R$ 49,9 bilhões, sendo R$ 42,1 bilhões de fundos multimercados e de ações, contra R$ 5,8 bilhões de participação dos fundos de renda fixa.

Favorecidos pelo Ibovespa, os fundos de ações se destacaram no primeiro trimestre. “O ambiente macroeconômico nacional e internacional permanece positivo para as ações. No Brasil a inflação está sob controle, os juros estão em patamares historicamente mais baixos e ainda, vemos um ambiente internacional benigno que deve continuar favorecendo a economia – e isso deve refletir no desempenho das empresas e no mercado de capitais como um todo”, explica Carlos André, vice-presidente da Anbima.

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O mesmo acontece com os fundos multimercados. Para o executivo, o desempenho apresentado foi muito bom e repetiu a boa performance do 1º trimestre do ano passado, em que todas as categorias tiveram um desempenho superior ao índice IMA-S, destacando-se os fundos multimercado livre e multimercado macro. “Esse desempenho reflete condições macro favoráveis e, apesar do ano eleitoral poder trazer mais volatilidade, pode significar uma oportunidade”, diz.

Apesar da maior parcela do patrimônio líquido da indústria ainda permanecer no segmento de renda fixa, houve uma queda de 3 pontos percentuais em comparação com 2017 e, para Carlos, a migração desses fundos para os de maior risco tem se mostrado uma tendência que veio para ficar. “O crescimento dos investidores está relacionado ao ambiente macroeconômico. Ele favorável, acaba propiciando um ambiente vantajoso pra que os investidores busquem alternativas contra investimentos mais tradicionais que deixaram de ser atrativos com a queda dos juros”, explica.

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Dentre os fatores que favorecem esse cenário de mudança, Carlos cita a educação financeira, a processo de distribuição de fundos e as novas tecnologias que aproximam os investidores da indústria.

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