Emissões de títulos aumentam 50% no 1º trimestre, com debêntures em destaque

O total emitido foi de R$ 175,9 bilhões, com quase a totalidade dos novos títulos enquadrados na nova resolução da CVM

Equipe InfoMoney

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2024 começou com o pé direito para a emissão de valores mobiliários. Ao longo do 1º trimestre, o total emitido foi de R$ 175,9 bilhões, valor que está cerca de 50% acima do mesmo período de 2023, quando somou R$ 118,3 bilhões. As informações são do Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), divulgado nesta segunda-feira (29).

Ao analisar os títulos que impulsionaram esses números, é possível verificar crescimento em praticamente todas as categorias de valores mobiliários, com destaque para as debêntures, que saíram de um volume de R$ 44,3 bilhões em emissões no 1º trimestre de 2023 para R$ 77,2 bilhões neste ano – um aumento de 75%.

Os Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs) e os Fundos Imobiliários (FIIs) também apresentaram crescimento. O primeiro cresceu 75%, para R$ 23,3 bilhões, e o segundo quase dobrou, para R$ 27,6 bilhões.

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Vale ressaltar que as emissões amparadas pela Resolução CVM 160 já correspondem a 94% do valor contabilizado em 2024, conforme o estoque de ofertas referentes ao antigo normativo vão sendo comunicadas como encerradas.

A Resolução CVM 160 entrou em vigor em janeiro de 2023 e contabiliza os valores das ofertas de acordo com “o valor pretendido da captação”, atualizado posteriormente com os dados atualizados pelo emissor. Essa regra substitui as Resoluções CVM 400 e 476.

Crescimento no conjunto de regulados

O crescimento no número de regulados pela CVM também é destaque no boletim, com aumento de 6% em relação ao 1º trimestre de 2023, chegando à marca de 87.155 participantes.

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O grupo com maior crescimento anual foi o setor de plataformas eletrônicas de investimento participativo (crowdfunding), com 27% de aumento de regulados.

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