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Como investir na Bolsa americana: 15 ações recomendadas para 2024

Confira a seleção de papéis americanos com potencial para este ano, segundo gestoras e casas de análise com diferentes metodologias

Monique Lima

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2024 começa com o mercado norte-americano envolto em incertezas. Um pouco mais otimista do que se mostrava no início do ano anterior, mas definitivamente incerto. “São muitos ‘se’ para um bom desempenho: ‘se’ a inflação continuar caindo. ‘se’ tiver corte de juros, ‘se’ a desaceleração for fraca”, diz Arthur Siqueira, diretor de investimentos da GeoCapital.

“É um ano bastante decisivo em termos de economia e trajetória futura e qualquer projeção agora tem como base as percepções deste momento, e podem não se concretizar como aconteceu em 2023”, analisa o profissional.  

No ano passado, o S&P 500 teve uma valorização de 23,8%, algo não esperado em janeiro daquele ano. A alta foi sustentada em sua maior parte pelas grandes empresas de tecnologia. Sem elas, os ganhos do índice não superariam 5%.  

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Com tantas dúvidas no ar, o consenso entre os especialistas ouvidos pelo InfoMoney é de que 2024 será um ano de escolhas pontuais de ações internacionais. As projeções dos bancos apontam para um crescimento de 5%, mas dessa vez já contando com as big techs.  

O Bank of America espera que o índice feche o ano em 5.000 pontos (alta de 4,82% em relação ao fechamento de 2023), enquanto o Goldman Sachs prevê 5.100 mil pontos (+6,92% frente ao ano passado). O JPMorgan vai na contramão e espera uma desvalorização de quase 12%, para 4.200 pontos.  

“As ações estão fortemente valorizadas, com volatilidade perto da mínima histórica, enquanto os riscos geopolíticos permanecem elevados. Esperamos um crescimento fraco dos lucros globais com desvantagem para as ações em relação aos níveis atuais”, diz relatório de estratégia do JPMorgan. 

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Leonardo Otero, sócio fundador da Arbor Capital, afirma que o momento não é propício para uma estratégia passiva de acompanhar um índice, como faz o IVVB11, ETF que rastreia o S&P 500 e que é o maior da Bolsa brasileira em número de cotistas.

“A economia dos EUA não está em sintonia. A pandemia provocou mudanças no consumo e estamos vivendo uma retomada inédita. Tem setores que já passaram pela sua recessão, outros ainda vão passar. Não é algo linear”, diz Otero.  

Top picks internacionais  

Para selecionar as ações internacionais para 2024, o InfoMoney consultou gestoras e casas de análise com metodologias diferentes de avaliação. As opções vão desde modelos de cálculo com inteligência artificial até o bom e velho valuation com múltiplos.  

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As 15 empresas sugeridas são:  

  1. NRG Energy (NRG
  2. Wix (WIX
  3. Progressive Corp. (PGR
  4. Twilio (TWLO
  5. Dell Technologies (DELL
  6. TSMC (TSM)  
  7. Booking.com (BKNG
  8. Brookfield (BN
  9. Palo Alto Networks (PANW
  10. CrowdStrike (CRWD)  
  11. Visa (V
  12. Yum China (YUMC) 
  13. Roche Holding (RHHBY) 
  14. Pfizer (PFE
  15. Estée Lauder (EL)

NRG, WIX, PGR, TWLO, DELL 

As cinco empresas são escolhas da plataforma de análise de investimentos BridgeWise, que usa IA para calcular, comparar e classificar as ações. “Temos uma base de dados de 25 anos. Com esse histórico o sistema consegue avaliar a progressão da empresa, seus indicadores mais fortes e classificar na pontuação geral”, diz Thiago Guedes, diretor de desenvolvimento da companhia. “Acima de 90 pontos (caso de todas do grupo) indica um último ano forte, de negócio resiliente e sustentável.” 

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TSM, BKNG , BN 

TSMC, Booking.com e Brookfield foram selecionadas pela Arbor Capital. Fazem parte da carteira da gestora há alguns anos e devem continuar pelos próximos, afirma Otero. “Todo o crescimento da Nvidia é capturado de alguma forma pela TSMC, que é a principal fabricante dos chips da empresa”, diz. A Booking tem classificação similar e a Brookfield, uma das maiores gestoras do mundo de fundos de private equity, foi escolhida por conta do cenário de corte de juros.

PANW, CRWD, V 

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Mercados menos correlacionados com o PIB e setores resilientes são as escolhas da GeoCapital, que justifica escolha na Visa por ser uma multinacional estabelecida, que já passou por múltiplos cenários de economia e sempre consegue prevalecer. “É uma tese interessante para um ano em que os lucros devem andar de lado e as receitas caírem”, diz o diretor da Geo, para quem o setor de cibersegurança, diante de ataques hackers persistentes também é aposta. “O investimento dessa área deverá crescer nos últimos anos, não sofrer cortes”.  

YUMC, RHHBY, PFE, EL 

O último quarteto de recomendações é da Morningstar. Sobre YUMC, a casa diz que “o mercado está ignorando as oportunidades de expansão dos restaurantes na crescente indústria de fast-food da China”. As ações estão 45% subvalorizadas frente ao preço alvo de US$ 80, só acima dos 40% da Roche e 38% da Pfixer, que também estão no radar dos analistas. Já a Estée Lauder, que estaria 37% abaixo do preço justo, deve, na visão da casa, se beneficiar “de uma mudança do consumidor em mercados desenvolvidos e emergentes em direção a marcas de beleza de alto padrão”. 

E as big techs?  

As big techs continuam unanimidade entre os analistas, embora com algumas variações entre as carteiras. “É um investimento que sempre será válido, o que muda é o tamanho da exposição”, diz Otero. Para 2024, a Arbor diminuiu suas posições, mas manteve os papéis com foco na Microsoft. Já na GeoCapital a estratégia é similar, com destaque para Microsoft e Alphabet. “Em 2024 não é uma questão de valorização das ações. A capacidade de defender os lucros torna esses papéis quase defensivos”, avalia Siqueira.  

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