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Como comprar ações da Netflix; passo a passo para investir

Ao comprar ações da Netflix, o investidor deve considerar aspectos que vão além da receita e do lucro

Equipe InfoMoney

Há mais de 20 anos, a Netflix surgia locando DVDs por e-mail nos Estados Unidos. Aos dez anos de vida, a empresa criou um modelo totalmente novo de entretenimento: assinatura de serviços de streaming de vídeo. Daí para frente, ganhou o mundo – e as mentes dos investidores, cada vez mais interessados em saber como comprar ações da Netflix.

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O que considerar antes de comprar

Com um valor de mercado de aproximadamente US$ 85 bilhões atualmente, a Netflix estreou na Nasdaq em 2002. As ações eram negociadas a US$ 15 e a empresa valia cerca de US$ 310 milhões na época. Atualmente, os papéis custam em torno de US$ 310 na bolsa de valores.

Por conta das particularidades do seu mercado de atuação e das características próprias do setor de tecnologia, o valor de mercado da Netflix teve variações importantes nos últimos anos, como demonstra o gráfico abaixo:

Ao avaliar o investimento na empresa é preciso considerar alguns aspectos. Os três destacados abaixo são alguns deles:

Concorrência

Literalmente, a Netflix inventou o segmento de streaming de vídeos por assinatura. A concorrência, porém, se avizinha. Empresas de mídia tradicionais e também de tecnologia começam a competir no segmento.

WarnerMedia, Walt Disney, BCS, NBC Universal, Amazon e Apple têm ou estão desenvolvendo serviços de streaming direto ao consumidor. Em alguns destes casos, há impactos diretos na programação da Netflix. O serviço HBO Max, da Warner Media, por exemplo, tomou da Netflix uma das suas atrações mais populares: “Friends”, uma série dos anos 1990.

O investimento na produção de conteúdo original, portanto, é visto como uma prioridade para a Netflix. Ao mesmo tempo em que isso é um diferencial, é também uma atividade custosa, que consome muito da geração de caixa – que a empresa, na verdade, ainda não tem.

Resultados

A Netflix é uma empresa lucrativa e suas margens operacionais estão crescendo ano após ano. Eram de 7% ao ano em 2017, passaram para 10% em 2018 e a previsão é de que alcancem 13% em 2019.

O resultado será possível se a expansão da base de usuários da Netflix seguir pelo caminho que teve recentemente. No longo prazo, na visão da companhia, a base de assinantes nos Estados Unidos – seu principal mercado – deverá alcançar entre 60 e 90 milhões de pessoas. (Há quem duvide disso – leia mais sobre o assunto no próximo tópico)

Mesmo com esses números, alguns elementos pesam na avaliação dos resultados da Netfllix. A empresa ainda registra geração negativa de caixa livre. Em 2019, por exemplo, a expectativa é de que o valor fique negativo em aproximadamente US$ 3 bilhões. Por causa dos pesados investimentos em produções originais, que demandam muito dinheiro e inclusive crédito, a companhia acredita que a situação não deve mudar tão cedo nos próximos anos.

Outro fator que pode pesar para os investidores é o fato de que a Netflix, assim como outras companhias do setor de tecnologia, não distribui dividendos aos seus acionistas.

Número de usuários

Embora a Netflix registre cifras bilionárias em várias linhas do seu balanço, o indicador que os analistas e investidores estão acompanhando mais de perto é outro: o número de usuários. Isso porque, em um segmento em franca expansão, uma base sólida de assinantes é considerada um ativo importante.

Para se ter uma ideia do peso desse indicador, basta olhar para o que aconteceu com as ações da Netflix após a divulgação do balanço do segundo semestre de 2019. Na ocasião, a empresa informou que, pela primeira vez desde 2011, o número de assinantes nos Estados Unidos diminuiu: passou de 60,2 milhões para 60,1 milhões.

Além disso, o número de novos assinantes no mundo inteiro foi de 2,8 milhões no período. No trimestre anterior, a Netflix havia previsto que chegaria a 5 milhões. Os analistas do mercado estimavam que o crescimento ficasse em torno de 4,8 milhões. Por conta desse resultado, as ações da Netflix caíram cerca de 15% nos pregões seguintes.

Em agosto de 2019, dois terços dos 44 analistas que acompanhavam a empresa sugeriam a compra das ações, segundo dados da Thomson Reuters.

Passo a passo para investir

Para os investidores brasileiros, existem duas formas principais de comprar ações da Netflix. Uma opção é investir nelas diretamente na Nasdaq, bolsa americana em que a empresa é listada. A segunda opção é adquirir os BDRs da Netflix negociados na B3.

Os Brazilian Depositary Receipts são certificados que representam papéis emitidos por empresas no exterior, mas negociados no pregão local. Os da Netflix são identificados na B3 pelo código “NFLX34”. Cada ação da empresa lá fora dá origem a um recibo no Brasil.  No início de agosto de 2019, os BDRs estavam cotados a cerca de RS 1.225.

Há diferenças importantes dos procedimentos para comprar os BDRs na B3 ou aplicar diretamente na Nasdaq. Confira quais:

Na bolsa brasileira (B3)

É preciso ter conta em uma corretora para poder comprar BDRs da Netflix na B3 – exatamente do jeito que funciona a compra de ações brasileiras na bolsa de valores. São as corretoras que enviam as ordens de compra e venda dos investidores para o pregão. Existem mais de 80 autorizadas a operar na B3.

Um dos elementos mais importantes ao avaliar qual corretora escolher são as taxas de corretagem. Esse valor – que pode ser fixo, em reais, ou um percentual sobre a operação – é cobrado em cada compra ou venda de ações ou BDRs. A Clear é uma das poucas instituições que não fazem essa cobrança no Brasil.

O passo seguinte é mandar dinheiro para nova conta na corretora, por meio de uma transferência (TED ou DOC) a partir do banco do investidor. Depois, é necessário acessar o home broker – sistema de negociação online – ou contatar a mesa de operações pelo telefone para passar as ordens, que devem especificar a quantidade e o preço das ações.

Na bolsa americana (Nasdaq)

Para investir na Netflix diretamente na Nasdaq é necessário abrir uma conta em uma instituição financeira internacional. O envio de documentos e outras comprovações é relativamente simples em várias delas.

Depois de abrir a conta, é preciso manter dinheiro nela para que as compras possam ser efetuadas. Para os investidores brasileiros, isso exige uma transferência internacional. Esse procedimento demanda uma remessa, por meio dos serviços de um banco ou corretora de câmbio autorizada pelo Banco Central.

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incide sobre as remessas internacionais, a uma alíquota de 0,38%, caso as contas tenham titularidade diferente. Já se a titularidade for a mesma, a alíquota é de 1,1%.

O pagamento de Imposto de Renda mensal é feito no Brasil, com um Darf (documento de arrecadação de receitas federais). A alíquota é de 15% sobre os ganhos de capital de até R$ 5 milhões, para quem aplica como pessoa física nos Estados Unidos. Pode chegar a 22,5%, em valores acima de R$ 30 milhões. A variação cambial deve ser considerada, caso a origem dos recursos tenha sido originalmente em reais.

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