Com resgate líquido de R$ 63 bilhões em outubro, fundos de investimento têm pior desempenho desde abril

No ano, contudo, indústria registra captação líquida de R$ 134,8 bilhões

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A terceira queda seguida da Bolsa brasileira, com nova valorização do dólar e tensões no cenário externo e doméstico levaram os investidores a sacarem recursos de seus fundos em outubro, levando a um resgate líquido de R$ 63 bilhões.

O resultado, divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), foi o pior desde abril, quando houve resgate de R$ 80,7 bilhões. No ano, contudo, a indústria ainda registra captação líquida, de R$ 134,8 bilhões.

Destaque em setembro, quando a captação superou o resgate em R$ 21,3 bilhões, a classe de renda fixa voltou a ficar no vermelho, depois de quatro meses com desempenho positivo.

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Em outubro, os fundos com perfil mais conservador foram os principais detratores do resultado da indústria, com saída líquida de R$ 50,9 bilhões. No acumulado de 2020, o resultado também é negativo, em R$ 30,5 bilhões.

Contribuíram ainda negativamente para o desempenho da indústria no mês passado os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), com resgates de R$ 14,6 bilhões, seguidos pelos fundos de previdência, com saída líquida de R$ 2,9 bilhões.

Já os fundos de ações registraram captação líquida de R$ 20,7 milhões em outubro, assim como os multimercados tiveram entrada da ordem de R$ 5 bilhões.

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No ano, as carteiras de ações e multimercados também seguem no azul, com captações de R$ 66 bilhões e R$ 89,4 bilhões, respectivamente. Da mesma forma, as estratégias de previdência têm desempenho positivo em R$ 20,6 bilhões. Já os FIDCs mostram resgates de R$ 23,7 bilhões nos primeiros dez meses do ano.

Com relação ao patrimônio líquido da indústria, este soma R$ 5,7 trilhões até outubro, uma queda 0,5% ante setembro e de 10,9% em 2020.

Rentabilidade

Impulsionados pela valorização de 2,4% do dólar em outubro, os fundos cambiais se destacaram no mês com ganho médio de 2,1%.

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Entre os multimercados, os fundos da subcategoria Anbima “Multimercados Investimento no Exterior”, com maior fatia na classe, ficaram estáveis, com leve alta de 0,1% no período.

Nos fundos de ações, a subcategoria “Ações Livre” registrou queda de 0,73% no período. Esses fundos respondem por quase 4% do patrimônio líquido da indústria de fundos.

Já na renda fixa, os fundos “Duração Baixo Grau de Investimento”, com maior participação na classe, tiveram alta de 0,16%, em linha com a variação do CDI no período.

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