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Com combate a senha compartilhada, Netflix “venceu guerra dos streamings”, diz BofA

Após lucro operacional e ganho de assinantes fortes, analistas renovam suas teses na empresa

Monique Lima

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As ações da Netflix subiram 13% na manhã desta quarta-feira (24) em reação ao balanço referente ao quarto trimestre de 2023. Segundo especialistas, o movimento não foi à toa: os resultados da empresa mostram números animadores no ano passado, com menos cancelamentos, perspectiva de crescimento da receita nos primeiros três meses de 2024, além de melhor margem operacional ao longo do ano.

Está ficando cada vez mais claro que a Netflix venceu a guerra dos streamings“, diz o Bank of America (BofA) em relatório. Mas, e do ponto de vista do investidor, a aposta em Netflix volta a ganhar apelo? Para responder, é preciso entender o que explica o otimismo com os resultados.

Roteiro encaminhado

Após um período conturbado, a Netflix parece ter encontrado o caminho das pedras para o crescimento: preço da assinatura, publicidade e combate ao compartilhamento de senhas.

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O plano da Netflix é seguir atualizando as mensalidades enquanto desenvolve a assinatura com anúncios. No quarto trimestre, a adesão ao plano com propaganda aumentou 70% e já representa 40% dos assinantes totais, que cresceram 13,1 milhões – muito acima da expectativa do mercado, de 8,9 milhões. 

Os anúncios ainda não trazem a receita significativa, mas devem ser avenida de crescimento alimentada pelo combate ao compartilhamento de senhas. “Continuamos otimistas com a oportunidade de longo prazo, pois a estratégia de preços deve impulsionar a escala [de novos assinantes]”, dizem analistas do banco americano.

Outras duas vantagens para a companhia na guerra dos streamings são a escala e a disponibilidade para compra de conteúdo de terceiros, que deverá diminuir gastos com originais no futuro.  

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A “sinopse” do balanço da Netflix:

Para a Arbor Capital, o crescimento da Netflix estará centrado nas transmissões ao vivo. A companhia fechou uma parceria de US$ 5 bilhões com a World Wrestling Entertainment (WWE) para transmitir combates de luta livre. A novidade deve atrair assinantes e também publicidade para a plataforma.  

“A lógica de introduzir esportes que acontecem apenas uma vez por semana é manter o assinante ali, mas não exclusivamente pelo esporte. Isso diminui os cancelamentos e aumenta o quanto as pessoas estão dispostas a pagar pela assinatura”, diz Matheus Popst, sócio da Arbor Capital.  

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Apesar de o conteúdo ao vivo ser algo novo na plataforma, diz o especialista, tudo indica que a empresa deseja explorar mais esse universo. No ano passado, a empresa fechou uma parceria com o sindicato de atores dos Estados Unidos para transmitir a premiação SAG Awards, que é considerada uma prévia do Oscar.

Ação merece atenção do investidor?

Entre os investidores otimistas com o papel, diz a Morningstar, os motivos para investir estão:

Por outro lado, os pessimistas com a ação apontam que a Netflix terá dificuldades pelas seguintes razões:

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De 44 recomendações de ações da Netflix, 27 são de compra, 16 manutenções e apenas uma de venda, mostram dados da Refinitiv. Em média, a recomendação é de compra, e o preço-alvo é de US$ 544,30, 10,6% acima do fechamento de terça-feira (23), de US$ 492,2. A estimativa mais alta é US$ 567, e a mais baixa é US$ 472,5.

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