Com a queda dos juros, ainda vale a pena investir em CDB?

Assessora de investimentos afirma que os CDB's têm se mostrado "uma excelente alternativa de investimento", mas é preciso comparar as taxas oferecidas pelos bancos

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – Uma leitora do InfoMoney disse que tem um investimento em CDB, mas está insatisfeita com o rendimento do papel. O título tem prazo de um ano e ela gostaria de saber se há opções mais vantajosas no momento.

 Na opinião da assessora de investimentos Fernanda Zucatelli, da Cash Invest, os CDB’s têm se mostrado “uma excelente alternativa de investimento”, porém, é preciso comparar as taxas oferecidas pelos diversos bancos.

 Zucatelli explica que os grandes bancos, de maneira geral, reservam as taxas mais competitivas para grandes quantias de capital. No entanto, essas taxas geralmente não superam 100% ou 101% CDI.

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 De outro lado, há bancos de menor porte que oferecem taxas mais elevadas. Por exemplo, na plataforma de renda fixa da XP Investimentos, é possível encontrar taxas que chegam a 118% do CDI em aportes a partir de R$ 5 mil.

 “É importante salientar que os CDBs de prazos mais longos costumam apresentar taxas de remuneração mais altas”, ressalta a assessora de investimentos. Cabe lembrar que as aplicações em CDB contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira.

 No cenário atual de queda de juros, os títulos prefixados são mais indicados, segundo Zucatelli, uma vez que a taxa de remuneração já estará contratada no início da aplicação e não sofrerá variação de acordo com o CDI. “A título de comparação, na mesma plataforma de renda fixa, é possível encontrar CDBs pagando taxa de 11,9% a.a”, destaca.

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 Investimentos mais arrojados costumam render mais que CDB no longo prazo, porém no curto prazo, podem apresentar rendimentos negativos, explica Zucatelli. Por isso, é importante saber seu perfil de risco e tolerância às oscilações do mercado e, principalmente, qual o destino futuro desta aplicação para uma alocação adequada.

 Outra alternativa que a assessoria de investimentos destaca nesse cenário de queda da taxa de juros é o COE (Certificado de Operações Estruturadas). Trata-se de um produto um pouco mais complexo, que combina elementos de renda fixa e de renda variável, oferecendo a possibilidade de ganhos mais expressivos.

 “Muitos COEs são emitidos com capital protegido, o que significa que, no pior cenário, o investidor recebe de volta 100% do capital investido. Nesta hipótese de capital protegido, o risco do produto se restringe ao risco de oportunidade, ou seja, a não remuneração do capital pelo CDI ou outra taxa que poderia ter sido contratada na renda fixa”, explica a assessora de investimentos.

 De acordo com Zucatelli, é possível encontrar COEs com rentabilidade bruta oscilando em intervalos de 7% a 10% ao semestre. “Novamente, é preciso analisar se o seu perfil de risco se enquadra para tal produto, enfatiza.